sexta-feira, 19 de abril de 2024

Voto EUA foi único contra projeto de resolução de ingresso pleno da Palestina na ONU

PALESTINA LIVRE E INDEPENDENTE, PROJETO NA ONU

Autoridade palestiniana criticou veto norte-americano

Os Estados Unidos utilizaram esta quinta-feira o seu poder de veto numa votação no Conselho de Segurança sobre o pedido da Palestina para ingressar na ONU como um Estado de pleno direito, uma possibilidade rejeitada por Israel.

O projeto de resolução apresentado pela Argélia, que recomendava à Assembleia-Geral "que o Estado da Palestina seja admitido como membro das Nações Unidas", obteve 12 votos a favor, um contra e duas abstenções.

A Autoridade Palestiniana criticou o veto dos Estados Unidos, considerando que é uma "agressão flagrante" que empurra o Médio Oriente para a "beira do abismo".

"Esta política americana agressiva para a Palestina, seu povo e seus direitos legítimos representa uma agressão flagrante ao direito internacional e uma incitação para que continue a guerra genocida contra nosso povo [...] que levam à região ainda mais para a beira do abismo", declarou o gabinete do presidente Mahmud Abbas em comunicado.

Este veto "revela as contradições da política americana que pretende, por um lado, apoiar a solução de dois Estados, mas por outro, impedir a aplicação desta solução" na ONU, acrescenta o texto.

Na nota, o gabinete de Abbas agradece aos países que apoiaram a adesão plena dos Territórios Palestinianos à ONU.

"O mundo está unido pelos valores da verdade, da justiça, da liberdade e da paz que representam a causa palestina", destacou a Autoridade Palestina, que exerce competências limitadas na Cisjordânia ocupada.

A votação ocorreu em plena guerra na Faixa de Gaza, que opõe há mais de seis meses Israel e o grupo islamita palestiniano Hamas, e que ameaça alastrar-se a outras regiões no Médio Oriente e envolver o Irão, que atacou o Estado judaico no passado fim de semana em resposta a um bombardeamento atribuído às forças de Telavive que visou o consulado iraniano em Damasco (Síria).

Diário de Notícias | AFP

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