domingo, 28 de janeiro de 2024

BLOG DE GAZA: Hospitais de Gaza fora de serviço | Aumenta o número de mortos

Guerra à UNRWA | NYT: Acordo Iminente entre Hamas e Israel – DIA 114

Apesar da decisão do TIJ, Israel continua a visar civis em Gaza (Foto: via Palestine Eye)

Pela equipe do Palestine Chronicle | # Traduzido em português do Brasil

O número de mortos aumentou à medida que Israel continua a atacar hospitais e intensifica os seus ataques no sul da Faixa de Gaza. 

O enviado israelense às Nações Unidas, Gilad Erdan, atacou o secretário-geral das Nações Unidas, Antonio Guterres, depois de ele criticar os países que suspenderam o financiamento da UNRWA.

Segundo o New York Times, um acordo entre o governo israelita e o movimento de resistência palestiniana Hamas é iminente. 

De acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, 26.422 palestinos foram mortos e 65.087 feridos no genocídio em curso de Israel em Gaza, iniciado em 7 de outubro. Estimativas palestinas e internacionais dizem que a maioria dos mortos e feridos são mulheres e crianças.

ULTIMAS ATUALIZAÇÕES

Domingo , 28 de janeiro, 22h (GMT+2)

SECRETÁRIO DE DEFESA DOS EUA: Não toleraremos ataques às forças americanas.

JORDÂNIA: Condenamos o ataque terrorista que teve como alvo um local avançado na fronteira com a Síria.

AL-JAZEERA: Os contínuos ataques israelenses a casas e apartamentos na cidade de Gaza e ao campo de Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza, deixaram até agora 40 palestinos mortos e dezenas de feridos.

BRIGADAS DE AL-QUDS: Bombardeamos os assentamentos ao redor da Faixa de Gaza com rajadas concentradas de mísseis.

AL-JAZEERA: 12 ministros israelenses, alguns deles do Partido Likud liderado pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, e mais de 15 membros do Knesset participaram de uma conferência sobre o retorno dos assentamentos a Gaza, em meio a apelos de participantes de apoiadores de extrema direita para “deslocar ” Palestinos da Faixa de Gaza.

Domingo , 28 de janeiro, 21h (GMT+2)

ALTO FUNCIONÁRIO DO HAMAS: O chefe do Hamas no exterior, Sami Abu Zuhri, disse que alertou a administração americana sobre a expansão do conflito no Oriente Médio como resultado da agressão a Gaza.

RESISTÊNCIA ISLÂMICA NO IRAQUE: Em 100 dias, realizamos 178 ataques com drones e mísseis contra instalações americanas e israelenses no Iraque, na Síria e nos territórios ocupados.

BRIGADAS AL-QASSAM: Destruímos 11 veículos militares israelenses em 48 horas.

WASHINGTON POST: O Pentágono está investigando a falha da defesa aérea na base “Torre 22”.

AL-AQSA TV: Aviões de ocupação israelense estão agora lançando cinturões de fogo e ataques violentos nos bairros oeste e norte da Cidade de Gaza.

Assim funciona o Tecnofeudalismo

Novo livro de Yanis Varoufakis. relações capitalistas persistem e continuam a nos oprimir. Mas surgiram, na fase ultramonopolista do sistema, um outro tipo de poder e outra forma de captura da riqueza social. É preciso conhecê-los

Cory Doctorow, para Resilience e Pluralistic | em Outras Palavras | Tradução: Maurício Ayer | Publicado em português do Brasil

Os socialistas vêm anunciando com ardor o fim do capitalismo pelo menos desde 1848, quando Marx e Engels publicaram O Manifesto Comunista – mas o Manifesto também nos lembra que o capitalismo fica muito feliz em se reinventar durante as suas crises, voltando em novas formas, uma e outra vez.

Agora em Technofeudalism: What Killed Capitalism [Tecnofeudalismo: o que matou o capitalismo], Yanis Varoufakis – o antigo ministro das Finanças “marxista libertário” da Grécia – apresenta uma excelente argumentação de que o capitalismo morreu há uma década, transformando-se em uma nova forma de feudalismo: o tecnofeudalismo. 

Para compreender o ponto de partida de Varoufakis, é preciso ir além dos significados corriqueiros de “capitalismo” e “feudalismo”. O capitalismo não é apenas “um sistema no qual se compram e vendem coisas”. É um sistema em que o capital reina no poleiro: as pessoas mais ricas e poderosas são aquelas que coagem os trabalhadores a usarem o seu capital (fábricas, ferramentas, veículos, etc.) para gerar rendimentos sob a forma de lucro. 

Em contrapartida, uma sociedade feudal é organizada em torno de pessoas que têm coisas e cobram de outras pessoas para usá-las na produção de bens e serviços. Numa sociedade feudal, a forma de rendimento mais importante não é o lucro, é a renda [“rent”, em inglês, é a mesma palavra para renda e aluguel]. Citando Varoufakis: “a renda flui do acesso privilegiado a bens de fornecimento fixo” (terra, combustíveis fósseis, etc.). O lucro vem de “empreendedores que investem em coisas que de outra forma não existiriam”.

BARÕES DAS ARMAS DA UCRÂNIA E O TRÁFICO DE ARMAS


QUEM ESTÁ POR TRÁS DO TRÁFICO DE ARMAS EM CURSO NA UCRÂNIA?

South Front | # Traduzido em português do Brasil

Para assistir a este filme em maior qualidade clique AQUI
"As bombas destinadas aos militares ucranianos acabam, de alguma forma, por chover sobre Israel a partir da Faixa de Gaza"
Desde a dissolução da URSS, a Ucrânia ganhou o duvidoso título de ser o maior mercado negro de armas do mundo. Hoje, a NATO injeta incessantemente milhares de milhões de euros e dólares para armar o país. No entanto, a ironia é difícil de ignorar: as bombas destinadas aos militares ucranianos acabam, de alguma forma, por chover sobre Israel a partir da Faixa de Gaza. 

Entretanto, os cartéis mexicanos, mesmo na fronteira com os EUA, estão equipados com outras metralhadoras produzidas pela NATO, munições de barragem e lançadores de granadas de última geração. Como é que este armamento sai da Ucrânia? Quem está puxando as cordas nos bastidores? Como é orquestrada toda a operação de tráfico?

A FRONTEIRA UCRANIANA ESTÁ A REBENTAR PELAS COSTURAS

Os ataques de precisão russos contra os militares ucranianos não param. Na noite de 24 de janeiro, os UAV russos destruíram campos de treinamento militar ucranianos na região de Zhitomir e mais instalações militares na região de Poltava.

South Front | # Traduzido em português do Brasil -- VÍDEO

Mais instalações utilizadas para alojamento de militares foram atingidas em Mirnograd. Como resultado dos ataques, o equipamento militar utilizado para a construção da linha de defesa perto de Kurahovo teria sido destruído.

Mais locais de alojamento foram atingidos em Kherson, onde foram destruídos fuzileiros navais ucranianos que participam nas operações na margem oriental do Dnieper.

Os ataques com mísseis russos destroem os planos do comando militar ucraniano de realizar quaisquer operações com as reservas militares das regiões de retaguarda.

Só na semana passada, pelo menos 17 instalações utilizadas para alojamento de militares ucranianos e mercenários estrangeiros foram destruídas na região de Kharkiv. Por exemplo, a última vaga de greves teve como alvo os pontos de alojamento temporário e mão-de-obra na cidade de Kharkiv, bem como em Chuguev e Balakleya.

O exército ucraniano está a perder forças da reserva estratégica, que tinha como objectivo tapar as lacunas na defesa nas linhas da frente e garantir as operações dos sabotadores ucranianos no território das regiões fronteiriças russas.

A derrota da reserva estratégica do exército ucraniano resulta no avanço russo em diversas direções da região.

Pelo menos 35 assentamentos na região de Kharkiv já estão sob controle russo e o seu número está aumentando. No final da semana passada, as forças russas assumiram o controlo da aldeia de Krahmalnoe, o que lhes permite expandir a zona do seu controlo a sul de Kupyansk, garantir o controlo da estrada estrategicamente importante e empurrar as forças ucranianas em direcção ao rio Oskol, onde os seus as manobras serão complicadas e as perdas aumentarão.

Ao mesmo tempo, os pesadelos do comando ucraniano sobre a ofensiva russa através da fronteira na região de Kharkiv poderão em breve tornar-se realidade. Em 23 de janeiro, unidades ucranianas teriam recuado da aldeia de Pletnevka, localizada perto da fronteira russa, a nordeste de Kharkiv. A artilharia russa ataca posições ucranianas na área há vários dias. Como resultado, as tropas russas conseguiram atravessar a fronteira e conduzir a operação de limpeza na área, ameaçando o agrupamento ucraniano no principal reduto fronteiriço ucraniano em Volchansk. Alguns relatórios alegaram o controle russo da aldeia, mas outros negaram, dizendo que os militares russos recuaram para além da fronteira.

É pouco provável que a operação na aldeia marque o início de outra grande ofensiva terrestre na região de Kharkiv nos próximos dias, mas demonstra claramente a fraqueza da defesa ucraniana ao longo da fronteira.

Ler/Ver em South Front:

Surpresa vinda do subsolo: russos enganaram a defesa ucraniana em Avdeevka

Complexo Industrial Militar Ucraniano se transforma em ruínas

OTAN e Kiev lançaram o ataque mais sangrento a Donetsk

21 de janeiro de 2024. Mercado descascado AFU no centro de Donetsk. Civis foram mortos

O acordar tardio do sonâmbulo?

– Apesar de alguns alimentarem a ilusão da reversão dos acontecimentos na Ucrânia, os decisores sabem que a possibilidade de isso acontecer é extremamente remota.

Major-General Carlos Branco [*]

A retirada das forças russas de Karkhiv e Kherston no verão de 2022 criou nas elites políticas e nalguns areópagos do comentário a ilusão de que a Rússia iria soçobrar. Os objetivos estavam a ser atingidos. Foram momentos de triunfalismo. No entanto, como podemos hoje comprovar, essas opiniões resultavam de uma avaliação errada da situação baseada em informação falsa e premissas enviesadas.

Senadores norte-americanos regozijavam-se de a guerra na Ucrânia estar a ser um grande investimento. Sem baixas americanas, Washington estava a conseguir destruir metade da capacidade militar russa apenas com 3% do seu orçamento de defesa. Nunca tinha sido tão elevada a crença na possibilidade de um levantamento contra Putin, um dos motivos desta guerra, se não o mais importante, e de uma operação de mudança de regime em Moscovo, várias vezes manifestada por Washington e Kiev. Era o sonho do grupo de neoconservadores que rodeia a Administração Biden.

Contudo, o anunciado e previsto insucesso da ofensiva ucraniana, no verão de 2023, trouxe à tona de água a falta de sustentabilidade das crenças alimentadas pela propaganda. As vozes otimistas e confiantes na derrota russa começaram a baixar o tom e a emudecer. Exceção feita à sempre irrepreensível Ursula von der Leyen, que com as sound bites fora de prazo, veio dizer em Davos que a Rússia tinha perdido 50% da sua capacidade militar.

Os desenvolvimentos políticos na Rússia e na Ucrânia vieram mostrar que o cálculo estratégico da Administração Biden, abraçado servilmente pelos europeus, falhou redondamente. Ao invés do desejado, a popularidade de Putin aumentou e a economia russa não desabou. Pelo contrário, prosperou como dão nota disso os relatórios de várias organizações internacionais insuspeitas. Recentemente, a Newsweek corroborou esses relatórios, removendo dúvidas que ainda pudessem subsistir.

UE e OTAN rumo ao abismo por causa de fraquezas na política externa

O chefe de Gardner, Josep Borrell, quer um novo Estado brilhante para os palestinos, mas Ursula está perfeitamente satisfeita com o actual programa de genocídio.

MartinJay* | Strategic Culture Foundation | # Traduzido em português do Brasil

Uma série de declarações estranhas têm vindo da UE nos últimos dias, juntamente com algumas trapaças ainda mais estranhas que dão origem a pensar que todo o projecto está a ter o seu “momento dos últimos dias do Império Romano”. Será possível que a UE que conhecemos esteja nas últimas e o que estamos a testemunhar é o seu desaparecimento final?

Ursula von der Leyen, cujos avós eram provavelmente oficiais da Wafen SS, disse que se não conseguir encontrar dinheiro novo para a Ucrânia, terá de recorrer a truques sujos. Bem, na verdade ela não disse “truques sujos”, mas é isso que está implícito. E quais seriam esses movimentos dissimulados? Na verdade, já existe uma moção nos corredores da UE para tornar a Hungria efectivamente num Estado não membro da UE, uma espécie de membro desonesto que ainda está na UE mas não tem direito de voto. Dado que a UE é tudo menos uma democracia e que as instituições em Bruxelas são monolíticas e orientadas para o consenso (não há “oposição” em Bruxelas como na maioria dos países democráticos), não é surpreendente ver actividades nefastas que tornariam um ditador africano orgulhoso de seu trabalho prático. A UE, ou melhor, a elite superfederalista que a dirige em Bruxelas, como von der Leyen e os seus companheiros como a Pfizer – sim, as empresas multinacionais exercem realmente o maior poder em Bruxelas e são mais ou menos donas do Parlamento Europeu – estão a ficar preocupadas. O projeto está começando a entrar em lutas internas e a criar muitas mensagens contraditórias na mídia. O chefe de Gardner, Josep Borrell, quer um novo Estado brilhante para os palestinos, mas Ursula está perfeitamente satisfeita com o actual programa de genocídio. Talvez ela veja oportunidades de investimento em gás offshore na costa de Gaza?

E assim, com a economia em crise e o estado-membro mais poderoso da UE, a Alemanha, a parecer-se cada vez mais com a República Checa no final dos anos 90, as super elites como Ursula e o eurodeputado mais vil que o Parlamento Europeu alguma vez teve – Guy Verhofstadt – estão preocupadas. que o projecto pode ser sequestrado por eurodeputados de extrema-direita nas próximas eleições para o euro, no Verão. Ironicamente, num cenário em que o principal bloco maioritário do Parlamento Europeu fosse um grupo de extrema-direita, o apoio a Netanyahu atingiria o seu máximo e até o salvaria de cair no seu próprio atoleiro de acusações de corrupção, tal como a extrema-direita na Europa apoia o Sionistas, abandonando a ideia outrora popular de eliminá-los sob o plano de “solução final” de Hitler.

NAZISMO E RACISMO NAS FORÇAS DE SEGURANÇA EM PORTUGAL*

Discurso de ódio na PSP e GNR. Investigação criminal ainda sem arguidos     

Catorze meses depois da abertura de um inquérito relacionado com suspeitas de discriminação racial e incitamento ao ódio nas polícias, a investigação ainda não tem material probatório que permita ao MP sustentar uma acusação. A IGAI abriu processos disciplinares a 13 polícias.

Valentina Marcelino | Diário de Notícias

A investigação do consórcio de jornalistas que em novembro de 2022 denunciou 591 perfis de polícias (295 de militares da GNR e 296 de agentes da PSP) que propagavam mensagens “contrárias ao Estado de Direito, apelos à violência e à violação de mulheres, comentários racistas, xenófobos, misóginos e homofóbicos, simpatia pelo Chega e por outros movimentos de extrema-direita e saudosismo salazarista”, pode vir a resultar apenas em processos disciplinares.

O Expresso noticiou na terça-feira que 13 agentes da autoridade foram alvo de uma investigação interna e que a Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) avançou com processos disciplinares por publicações xenófobas e homofóbicas, uma informação confirmada ao jornal pela inspetora-geral, Anabela Cabral Ferreira.

Quando a investigação jornalística foi publicada, recorde-se, no Expresso, na Visão, no Público, na SIC e no site Setenta e Quatro, o ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, ordenou à IGAI a abertura de um processo de inquérito com caráter prioritário. As “alegadas mensagens”, declarou, são de “extrema gravidade”, sublinhando que a “situação exige da nossa parte uma atitude de grande lucidez, firmeza, determinação e consequência”.

Paralelamente e porque estava também em causa o crime de discriminação e incitamento ao ódio, agravado por se tratarem de agentes da autoridade, a Procuradoria-Geral da República (PGR) instaurou um inquérito criminal. A investigação foi entregue à secção do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Lisboa, que investiga o crime especialmente violento e os relacionados com organizações extremistas, tendo delegado na Unidade Nacional de Contraterrorismo (UNCT) da Polícia Judiciária (PJ).

Portugal e a agenda neonazi que quer descredibilizar todas as instituições

Ana Gomes sobre a terceira crise política: Há uma agenda que quer descredibilizar todas as instituições?

No seu comentário semanal na SIC Notícias em podcast, Ana Gomes analisa as diversas manifestações e a crise na Madeira

No dia em que ocorrem diversas manifestações em Portugal pelo direito à habitação digna, Ana Gomes aplaude a decisão da Câmara Municipal de Lisboa de não autorizar a manifestação de extrema-direita, marcada para o início de março, e considera que não se trata de uma medida antidemocrática pois a sua realização iria colocar em risco a vida e os bens de várias pessoas: “Eles queriam provocar violência”, ressalva a comentadora. A manifestação dos polícias, elogiada por Ana Gomes pela forma ordeira com que foi conduzida, foi outro dos destaques neste programa. A comentadora teme que este problema seja empurrado para o próximo executivo. A crise na Madeira provocou outro destaque: “Há muito que as autoridades deviam ter agido”, lembra a comentadora que remata que esta terceira crise política tem um “timing” muito suspeito e pode levar “muitos cidadãos a interrogar-se se não haverá uma agenda que queira descredibilizar todas as instituições”. O comentário foi exibido a 27 de janeiro.

OUVIR AQUI - SIC NOTÍCIAS, EXPRESSO 

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