domingo, 22 de maio de 2011

América Latina: Declaração reforça plataforma progressista do Foro de São Paulo





Próxima reunião, no ano que vem, será em Caracas, em solidariedade à Revolução Bolivariana

A 17º Reunião do Foro de São Paulo terminou na tarde de sexta-feira (20) com uma declaração final com decisões importantes, como a denúncia sober o ataque da Ota à Líbia, a exigência para a libertação dos “Cinco Heróis” antiterroristas cubanos presos nos cárceres dos Estados Unidos, o apoio ao retorno do presidente Manuel Zelaya a Honduras, e o forte apoio dos partidos de esquerda latino-americanos às mudanças que estão sendo implementadas pelo governo da Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN) liderado por Daniel Ortega.

O Foro teve a participação de 640 delegados de 48 partidos membros de 21 países e 33 convidados de 29 partidos de 15 países na África, Ásia e Europa. A próxima reunião, no próximo ano, será em Caracas, em solidariedade à Revolução Bolivariana, durante a instalação do CELAC e sob o bicentenário da independência dos países América Latina.

A declaração final, aprovada pelos 640 delegados, diz que para atingir as decições de Manágua é necessário consolidar a unidade das forças progressistas, aprofundar a integração regional, multiplicar as ações bem-sucedidas em diversos países e projetar novas vitórias eleitorais. A declaração final também destacou a importância de seguir impulsionando os processos de integração, para combater "as forças de reação do imperialismo mundial, que operam de forma cada vez mais agressiva".

No documento, os integrantes consideram que o atual cenário geopolítico mundial é caracterizado "por uma das mais profundas crises do sistema capitalista". Neste sentido, o documento destaca a necessidade de aprofundar alternativas como a Alba (Alternativa Bolivariana para os Povos das Américas), a Unasul (União das Nações Sul-americanas) e Celac (Comunidade dos Países da América Latina e Caribe).

Sobre as questões locais, o documento condena enfaticamente o bloqueio contra Cuba, exigindo a imediata libertação dos " Cinco Herís" cubnaos, e declara apoio ao processo de desenvolvimento da Revolução Cubana, que "atualizou seu modelo econômico, com a mais ampla participação popular". Reafirmou o apoio à Frente Nacional de Resistência Popular (FNRP) em Honduras, "em sua luta de resistência contra o governo atual, que é uma continuação do golpe". Também apoiou o processo de mediação em curso para o regresso do ex-presidente Manuel Zelaya , afirmando que o retorno de Honduras ao cenário internacional não será aceito "até que as exigências da FNRP sejam cumpridas".

O comunicado também pediu uma solução para o conflito interno na Colômbia "por meio de negociação política”, e condenou energicamente a" flagrante violação da soberania nacional da Líbia", exigindo"um cessar-fogo das duas partes envolvidas no conflito, com o objetivo de se "alcançar uma solução pacífica".

Finalmente, os delegados do Foro expressaram sua solidariedade com a luta dos palestinos para a criação de um Estado nacional independente, exigindo o fim das violações dos direitos humanos e da repressão. Também reiterou o seu apoio para a FSLN (Frente Sandinista de Libertação Nacional) e ao presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, para as eleições em novembro que serão realizadas no país centro-americano.

No último dia do Fórum foram aprovadas 22 resoluções, com diversas mudanças em sua estrutura organizacional. Entre as novidades, estão a filiação do Partido da Vanguarda Popular, da Costa Rica, e do MAS (Movimento ao Socialismo), da Bolívia. Por fim, o grupo de trabalho decidiu que a 18 ª reunião será realizada em Caracas, na Venezuela, em julho de 2012.



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