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Rui Rio lançou esta segunda-feira à noite vários avisos ao Governo. Em entrevista na RTP-N, o presidente da Câmara Municipal do Porto disse que, no capítulo do aumento dos impostos, o Executivo de Passos Coelho "não estará bem". "Mas como digo: lá pelo facto de não estar bem ao cabo de dois meses e tal não quer dizer que não esteja bem daqui a quatro ou cinco meses", disse.
O autarca evidencia, porém, compreensão sobre as dificuldades. "Reduzir a despesa não é tão simples como se diz quando se está na oposição. Porque eu acabo com um instituto público, mas as pessoas existem..."
O autarca deu exemplos sobre matérias em que diverge. "Eu tinha de chegar ao IRS e estabelecer algumas prioridades, uma, duas, três nas quais não tocava em prejuízo de outras. Há duas vertentes no IRS que tínhamos de defender: a Educação e a poupança. Os descontos da Educação tínhamos de proteger ao máximo", sugeriu, dizendo não acreditar que 2013 possa ser "fantástico".
Estas declarações juntam-se às críticas de alguns dos barões do PSD, designadamente Manuela Ferreira Leite, Vasco Graça Moura e Marques Mendes, e ainda o independente Eduardo Catroga.
Sobre a hipótese de Luís Filipe Menezes ser o seu sucessor na Câmara, Rio apenas disse ser cedo para falar do assunto.
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