terça-feira, 12 de junho de 2012

ANDOU O MALANDRO 18 ANOS A ROUBAR-NOS!



José Martins – Aqui Tailândia, com foto

Mais de 18 anos a roubar até o conseguirem apanhar

Tudo começou com as alheiras, que mais caro saíram, a Portugal.

 O jovem Duarte Lima comprou o seu futuro na política e consequentemente, na corrupção, com as alheiras que oferecia a Margarida Marante. "Quando entrou para a Universidade Católica era olhado de lado e com estranheza pelos colegas. Pobre e provinciano, não se vestia como os outros. A mais tarde famosa jornalista Margarida Marante tornou-se sua amiga. Duarte Lima oferecia-lhe alheiras feitas pela mãe. Margarida apresentava-lhe amigos, sobretudo na área do PSD." CM

Foram precisos 18 anos a roubar os portugueses e a lesar um país, para que finalmente a justiça o colocasse onde devia estar desde a juventude.

Cavaco Silva seu grande amigo pessoal, profissional e partidário, deveria sentir vergonha de pretender ser credível como representante de um povo, quando é amigo dos maiores larápios do povo que representa, e dos maiores criminosos de Portugal. Até que ponto desconhecia o percurso e as vidas de luxo deste criminoso?

Em baixo relata-se o percurso tenebroso, de Duarte Lima, ilustre politico português e que convivia com os todos os ilustres políticos de Portugal. Em comum partilhavam a vontade férrea que os move e une sempre - saquear Portugal incessantemente.

1- Desde os anos 90 que iniciou o saque, disfarçado com a lavagem de dinheiro.

2- Já nessa altura,1994, houve uma investigação que como sempre não deu em nada.

3- O caso denunciava compras de terrenos e apartamentos em Lisboa e Sintra.

4- Foi também detectado enriquecimento ilícito através de tráfico de
influências e branqueamento de dinheiro.

5- Entre 1992 e 1994 foram creditados mais de 750 mil contos em seu nome. (3,75 milhões de euros).

6- Fazia entrar o dinheiro nas contas em numerário, para ocultar de onde vinha e os motivos dos pagamentos.

7- As contas controladas por Duarte Lima nunca tinham saldos elevados. A técnica era fazer circular o dinheiro de conta para conta e depois fazia aquisições de arte.

8- Os investigadores dão um exemplo: uma conta do Banco Fonsecas & Burnay de Fernando Nunes (ex-sogro de Lima) foi usada como passagem de dinheiro que acabava em contas de Duarte Lima.

9- Só nas contas em nome do ex-sogro e da ex-mulher, Alexina Bastos Nunes, foram transferidos para contas de Lima 474 mil contos.

10- A partir de 1993, fazia o mesmo mas alternou com contas de duas sobrinhas, Alda e Sandra Lima de Deus e alguns dos irmãos.

11- Duarte Lima, apesar de ter que estar em regime de exclusividade de funções, no Parlamento e de ter a inscrição suspensa na Ordem dos Advogados, mantinha uma intensa relação "profissional" com muitas empresas, situação detectada pelos dinheiros que entravam nas suas contas.

12- Na investigação são detectados, sendo assim ilegalmente, dezenas de depósitos feitos pela então Mota e Companhia a um ritmo mensal.

13- Manuel António da Mota, fundador da empresa já falecido, e o seu filho, António Mota, actual patrão da Mota-Engil, pagaram perto de 150 mil contos a Duarte Lima entre 1991 e 1993.

14- Lima, em 1993 começou a usar recibos verdes para explicar de onde vinha o dinheiro, mas apenas justificaram dois pagamentos a título de prestações de serviços.

15- Começou, nessa altura, a receber dinheiro por antecipação a serviços a prestar no futuro.

16- Nas declarações efectuadas aos investigadores, tanto António Mota como Manuela Mota, também administradora da empresa, justificaram os pagamentos de 1991, 1992 e1993 disseram que foi para comprar obras de arte a Lima e ao ex-sogro.

17- Disseram também que Lima era seu consultor internacional, (Angola) pois ajudava a construtora.

18- Inconsistente pois o ex-deputado, tinha a inscrição suspensa na Ordem dos Advogados e nunca declarou ao Fisco estes rendimentos.

19- A Associação Nacional de Farmácias (ANF) também pagou milhares de contos a Lima.

20- Tanto em relação à Mota e Companhia, como à (ANF) e ainda as obras feitas num dos seus apartamentos de Lisboa Lima funcionou como um avençado no Parlamento.

21- Da Altair Lda. e da Portline S.A., Duarte Lima recebeu dinheiro a título de "despesas confidenciais" e "saídas de caixa".

22- A ocultação de dinheiro tinha como método favorito de Lima a compra de antiguidades e obras de arte. Só a três comerciantes de arte ele comprou 250 mil contos num curto espaço de tempo.

23- Para quem conhece a lei como ele, este era um método seguro de ocultar a riqueza (branqueamento de capitais), pois são difíceis de controlar as transações como consta no decreto-lei 325-95 (sem regras específicas e sem uma autoridade de supervisão).

24- Até 1995 o branqueamento e o tráfico de influências não eram crime, foi o Governo de António Guterres que mudou a lei. A bancada do PSD chefiada por Duarte Lima várias vezes recusou criminalizar este tipo de crimes.

25- Devido ao segredo bancário inviolável, a Suíça era um paraíso para ocultar capitais. Duarte Lima tinha contas no Swiss Bank e daí transferiu dinheiro para a Cosmatic Properties, Ltd., uma empresa offshore que utilizou para várias aquisições. Usou 233.883 contos para comprar uma quinta na região de Sintra que supostamente pertence a uma empresa, a Cosmatic, que por sua vez só terá enviado para Portugal 120 mil contos.

26- As autoridades suíças, nunca forneceram os elementos pedidos pela investigação portuguesa porque Duarte Lima e a ex-mulher se opuseram, impedindo judicialmente que a carta expedida pelas autoridades portuguesas fosse cumprida.

27- Os ganhos na bolsa foram a grande desculpa de Duarte Lima para o seu enriquecimento. Declarou ter ganho 60 mil contos, mas apesar de ter o seu nome os investimentos eram de outras pessoas. Em dois dos casos tratava-se de empresas de construção: a Severo de Carvalho, a que Lima tinha grande ligação, e a Sociedade de Construções Translande.

28- Mas os investimentos mais significativos na bolsa foram por contas do ex-deputado.

29- Os rendimentos declarados em sede de IRS, que não incluíram os da bolsa por não se encontrarem sujeitos a tributação, totalizaram 182 mil contos, entre 1987 e 1995. Mas o dinheiro movimentado entre 1986 e 1994 é superior a um milhão de contos. Só entre 1992 e 1994 foram 640 mil contos.

30- Foi em 1981 que inicia actividade na capital como assessor político e de imprensa do ministro da Administração Interna, Ângelo Correia.

31- Nunca mais haveria de parar no seu caminho para o poder e para a fortuna.

32- A carreira meteórica de deputado coincidiu com uma ascensão política fulminante. Foi o todo-poderoso vice-presidente da Comissão Política Nacional do PSD entre 1989 e 1991, presidindo ao respectivo grupo parlamentar, de 1991 a 1994, durante o governo de Cavaco Silva.

33- Tinha acesso a todos os gabinetes de ministros e secretários de Estado, era um nome mágico para empresários e particulares sequiosos de influência e proveitos.

34- Vêm então os escândalos e cai em desgraça. Primeiro um construtor civil de Mogadouro envia-lhe um fax para o Parlamento a pedir um "jeito" num concurso de obras. Depois a história da casa de Nafarros.

35- Lima terá gasto milhares de contos em regularização de quotas e inscrição de novos militantes, grande parte deles recrutados em bairros sociais.

36- Com 56 anos, Duarte Lima é um homem rico e poderoso. Na luxuosa casa da av. Visconde Valmor, no centro de Lisboa, ofereceu jantares luxuosos os convidados ainda recordam as antiguidades nos salões. José Sócrates foi um dos convidados mais famosos.

37- Pedro Lima, o filho, é TESTA-DE-FERRO, suspeito de branqueamento de capitais, burla qualificada e fraude fiscal agravada, foi libertado e diz que não tem dinheiro para pagar a caução de 500 mil euros, ainda que seja sócio e administrador de cinco empresas.

38- Duarte Lima (DL) está preso. Mas mais do que o homem, o que está sob suspeição é o que ele simboliza e a classe política a que pertence. Em primeiro lugar, porque DL foi o primeiro grande representante da promiscuidade excessiva entre a política e os negócios.

39- Como tantos outros que se lhe seguiram, acumulava o seu papel de representante do Povo e do Estado Português com as funções de consultor de grupos que faziam negócios com esse mesmo Estado, como o grupo Mota.

40- Assessorava até entidades cuja actividade depende de despachos administrativos do Governo, como a Associação Nacional de Farmácias e outros.

41- DL esteve ligado a negócios com o BPN. Onde contraiu empréstimos de cerca de 50 milhões, sem oferecer qualquer garantia ao banco. Privilégios só concedidos quando não se espera que o dinheiro seja devolvido. Pretendia comprar terrenos em Oeiras onde pensava que se iria construir o IPO.

42- Também contraiu outro emprestimo ao BPN de perto de 7 milhões para comprar arte.

43- Como todos os grandes vigaristas do regime, também andou pelo negócio sujo do imobiliário (comprar terrenos baratos, valorizando-os depois através da influência política nas câmaras e no Governo). Realizava assim fortunas com as vendas imobiliárias, mas também com os esquemas de financiamentos que hipervalorizavam as garantias.

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