Cavaco Silva diz que "a partir de agora vai-se falar muito mais da Mouraria"
SIC – Lusa - ontem
O Presidente da República, Cavaco Silva, fez hoje uma "visita cantada" à Mouraria, guiado pelo presidente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa, no final da qual elogiou as obras de recuperação deste bairro histórico.
Durante cerca de hora e meia, Cavaco Silva e António Costa, acompanhados pelas as respetivas mulheres, ouviram cantar o fado junto à Capela de Nossa Senhora da Saúde, no Martim Moniz, no Largo da Severa, no Largo do Outeiro, nas Escadinhas do Marquês de Ponte de Lima, no Largo da Rosa e no Largo dos Trigueiros.
Sempre rodeados pelos seguranças do Presidente da República e por uma dúzia de polícias, que condicionaram os movimentos da população e da comunicação social, o chefe de Estado e o presidente da Câmara de Lisboa ouviram também, a meio desta visita, um grupo protestar contra a extinção das freguesias, do qual não se aproximaram.
Cidadãos na beira da calçada seguravam um cartaz com a inscrição "Lisboa diz não à liquidação, as freguesias são do povo" e gritavam "extingui-las é um roubo, freguesias são do povo". Os seguranças e polícias imediatamente se puseram entre eles e o Presidente, afastando ao mesmo tempo os jornalistas.
A presidente da Junta de Freguesia de Santo Estêvão, em Alfama, eleita pelo PCP, falou à comunicação social em representação deste grupo de cidadãos, que disse integrarem o movimento "Freguesias são do povo", e lamentou que não tenham conseguido entregar o seu manifesto ao Presidente da República.
"Não conseguimos, porque, como viram, ficámos logo com uma barreira de polícias à nossa frente, como se nós fossemos uns bandidos. Nem sequer nos deixaram chegar ao senhor Presidente, que diz com muita tristeza que mais é um problema social que se vai criar, e que até está contra", lamentou Maria de Lurdes Pinheiro.
"Nós estamos contra a extinção das nossas freguesias, não só da cidade de Lisboa, como do país, porque as freguesias são mesmo do povo, e extingui-las é um roubo que vão fazer às populações. As populações já vivem tão mal, vão ficar cada vez pior", defendeu.
Por sua vez, questionado sobre por que motivo não quis falar com estes cidadãos, Cavaco Silva respondeu: "O senhor presidente da Câmara já me tinha dito do que é que se tratava, e ele é que sabe dizer, é uma questão de freguesias".
Sobre a extinção de freguesias, o Presidente da República referiu que "neste momento já está uma lei aprovada e publicada e a matéria ainda tem de regressar à Assembleia da República, depois de serem ouvidas as assembleias municipais", acrescentando: "Portanto, ainda existe um tempo que há de correr, mas o presidente da Câmara é que sabe explicar".
No final desta visita, o Presidente da República elogiou a recuperação da Mouraria promovida pela Câmara Municipal de Lisboa, que teve início no ano passado e está ainda em curso, afirmando ter gostado do que viu, e congratulou-se com "bairrismo saudável" dos moradores deste bairro ligado à história do fado.
"É uma recuperação que traz valor. Nos tempos que correm há um turismo diferente que procura coisas diferentes, e a Mouraria é diferente. Até aqui falava-se só do Bairro Alto, um pouco da Madragoa, e não se falava tanto da Mouraria. E eu penso que a partir de agora se vai falar muito mais da Mouraria", considerou.
Cantaram nos espaços públicos recuperados da Mouraria Vanessa Alves, Tânia Oleiro, Nuno de Aguiar, Artur Batalha, Fernando Jorge, António Rocha, Raquel Tavares, e Katia Guerreiro, que foi mandatária para a juventude da campanha de Cavaco Silva às presidenciais 2006.
*Título PG
Opinião Página Global
É o que se vê. É o que se sabe, de um PR eleito por uns quantos, o PR menos representativo na expressão em votos que Portugal alguma vez teve. O PR mais distante da realidade do país e o mais próximo dos que aprontam sistemáticos cambalachos. Só amigos com histórias de fundo em cambalachos, condenados a prisão, com processos judiciais prescritos, etc, pode contá-los pelos dedos de uma mão (com boa vontade). O PR que se lamenta pelos “cortes” nas suas reformas apesar de ter declarações às finanças (salvo erro em 2009) de quase um milhão de euros de rendimentos… e tudo o mais que em profícuo arraial popular podemos ver no Youtube sobre o negócio da Aldeia da Coelha onde habita, no Algarve, junto à sua família de negócios que dizem ser “escuros” ou misteriosos… Mas disso já nem se fala e sobre a SISA da dita moradia de milhões nem o Pùblico, jornal que manifestou desejo de aclarar dúvidas, teve hipótese de deslindar o assunto por ser confidencial, como convém, claro está…
E é este PR que vai pela Mouraria. Pela Mouraria de Lisboa, gente pobre como pobre é o país, a condizer com o espírito dos políticos ricos (sem se compreender por quê) que dominam o burgo lisboeta e o burgo nacional, ao som da fanfarra do conluio e da corrupção. Lá esteve a polícia a afastar o povinho da esfíngica figura acavacada. Separando os jornalistas, como reza no texto acima, não fosse o diabo tecê-las. Dizia a Mariquinhas através da janela com tabuinhas que o melhor era meter aquele PR numa redoma ou numa armadura de cobardia feita à maneira, como a demagogia que é semelhante a queijo numa ratoeira, acrescentava Lena Dágua.
E o António Costa, do PS, presidente da Câmara de Municipal de Lisboa lá ia a par discursando e rindo para os enganados, enganados sim… Tudo com fado, com cânticos e odes à miséria que estes políticos representam. Nem cantam bem, nem nos alegram. Falem. Digam prá i! É tudo a mesma choldra! (Redação PG - AV)
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