domingo, 7 de outubro de 2012

Angola: PROBLEMAS CRÓNICOS EM LUANDA AGRAVAM-SE DEPOIS DAS ELEIÇÕES

 


Coque Mukuta – Voz da América, com foto
 
"Quando falta a luz usem geradores", sugere responsável do MPLA
 
LUANDA — Falta de luz e de água são os dois grandes problemas que afligem as populações em Luanda após as eleições de 31 de Agosto.

São problemas crónicos agravados pela baixa pluviosidade registada este ano e que segundo um dirigente do MPLA "podem ser minimizados pela utilização de geradores".

Segundo alguns populares do Cazenga, Viana e Kilamba Kiaxi, entrevistados pela nossa reportagem depois da campanha eleitoral que deu vitória ao MPLA, partido que governa desde 1975, a vida tornou-se ainda mais difícil: “Nesta área aqui já estamos há duas semanas sem água, só soubemos que os rios estão a secar agora não sabemos se isso é verdade ou não", disse um dos cidadãos. Outro entrevistado disse-nos: “depois das eleições não temos água, nem um pouco, e não sabemos porquê".

Chamado a comentar a propaganda do partido que ganhou as eleições, “crescer mais e distribuir melhor” perante a falta de luz e água potável, Norberto Garcia, secretário para os assuntos políticos e eleitorais do MPLA em Luanda, sublinhou a falta de chuva e a seca nos rios como razões fundamentais na produção de energia eléctrica e a ausência de água potável em todo o país: “é preciso verificar que o senhor ministro da energia e água deu conta de que estávamos com alguns problemas nas barragens por falta de água infelizmente”, disse ele.

Os populares lembram também que nem mesmo a luz elétrica que no período eleitoral foi abundante, têm agora: “Desde que houve essas campanhas já não há luz praticamente, a minha casa está já há duas semanas sem luz” frisou um cidadão aos microfones da VOA.

Norberto disse ainda que na ausência dela ninguém há-de perder a vida e aconselha o uso de geradores: “ninguém vai desaparecer ninguém vai morrer com isto, a falta de energia pode fazer com que se use a energia alternativa é verdade. Que custa um pouquinho mais caro” adicionou aquele político.
 

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