Pulsar, com foto
O Plano de
Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal provoca grandes alterações
nos modos de vida e nos territórios de cerca 30 povos indígenas da Amazônia. É
o que aponta estudo realizado pelo Observatório dos Investimentos na Amazônia.
São hidrelétricas e
estradas financiadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
(BNDES). O estudo mostra ainda que estão previstas a construção de 82 obras nos
estados do Amazonas,Rondônia e Pará. Dessas, 43 afetam pelo menos um território
tradicional.
De acordo com o
levantamento do Observatório, uma iniciativa do Instituto de Estudos
Socioeconômicos (Inesc), o mapa dos projetos no setor de transportes evidencia
a expansão
da infraestrutura em direção às com o Peru e a Bolívia.
Movimento
semelhante ocorre com as obras do setor energético. Somente em 2011, foram
gastos cerca de 5,2 bilhões de reais com hidrelétricas em importantes rios
amazônicos como o Xingu, Tapajós e Telles Pires.
O estudo aponta que
quase 90% das terras indígenas afetadas por esses, entre outros empreendimentos
do PAC, já se encontram em situação de risco por causa de madeireiras e da
mineração.
Ricardo Verdum,
autor do estudo, aponta que a construção dessas obras sem uma prévia consulta
aos indígenas e ribeirinhos é uma violação de
tratados internacionais de Direitos Humanos. Em entrevista ao Inesc,
destacou que, “em alguns casos, os impactos socioculturais e ambientais poderão
ser irrecuperáveis”. (pulsar)
Sem comentários:
Enviar um comentário