segunda-feira, 8 de outubro de 2012

São Tomé e Príncipe: Execução orçamental deste ano "não é das mais desejáveis" - PM

 

MYB – ATR - Lusa
 
São Tomé, 06 out (Lusa) - O primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada, garantiu esta sexta-feira aos jornalistas que a elaboração do Orçamento do Estado deste ano "não é das mais desejáveis", tendo em conta as dificuldades na obtenção de ajuda externa.
 
"Tomando em conta as dificuldades financeiras, sobretudo ao nível das receitas, que dependem (...) em 93 a 95% dos recursos externos, a execução (elaboração) não é das mais desejáveis para o investimento", explicou o chefe do executivo são-tomense.
 
Por isso, Patrice Trovoada tem "encontros marcados para a próxima semana" com o objetivo de conseguir fontes de financiamento para "sustentar o esforço de investimento público para 2013" que o País precisa.
 
Sobre as despesas, Patrice Trovoada disse que o executivo "tem sido bastante poupado", uma vez que se "nota perfeitamente a responsabilidade do governo em não gastar aquilo que não tem".
 
O governo está a ultimar o Orçamento do Estado para 2013 e lançou-se numa campanha internacional à procura de ajuda externa para executar obras que pretende inscrever no Programa de Investimento Publico (PIP) para o próximo ano.
 
Há duas semanas o primeiro ministro deslocou-se à Alemanha e aos Estados Unidos da América. Na Alemanha participou na reunião da Africon sobre a defesa e segurança no Golfo da Guiné e nos Estados Unidos da América marcou presença na reunião anual da Assembleia-geral das Nações Unidas.
 
Patrice Trovoada aproveitou a estadia nos Estados Unidos da América e deslocou-se a Washington onde reuniu com representantes do Banco Mundial (BM) e do Fundo Monetário Internacional (FMI), também como o objetivo de solicitar financiamentos.
 
"Encontramos alguma abertura", explicou o primeiro-ministro, acrescentando, contudo, que "esse trabalho de mobilização financeira vai continuar nos próximos dias".
 
No seu regresso dos Estados Unidos o chefe do executivo passou ainda pela Guiné Equatorial.
 
A viagem à Guiné Equatorial "que não estava prevista, foi sobretudo para tentarmos finalizar alguns aspetos da cooperação a nível financeiro com o governo de Malabo, o que nos permitiu fazer alguns progressos", explicou.
 
O primeiro-ministro tem de entregar o OE à Assembleia Nacional (parlamento) ainda este mês, para permitir, de acordo com a lei, a sua discussão e eventual aprovação até ao final de novembro.
 
Contudo, ainda não está definida a data para a entrega do projeto de lei do orçamento de Estado ao parlamento, tendo o executivo anunciado que a data para a entregado do documento só seria conhecida depois de uma reunião do Conselho de Ministros que estava inicialmente marcada para esta sexta-feira.
 

Sem comentários:

Mais lidas da semana