MYB – ATR - Lusa
São Tomé, 06 out
(Lusa) - O primeiro-ministro são-tomense, Patrice Trovoada, garantiu esta
sexta-feira aos jornalistas que a elaboração do Orçamento do Estado deste ano
"não é das mais desejáveis", tendo em conta as dificuldades na
obtenção de ajuda externa.
"Tomando em
conta as dificuldades financeiras, sobretudo ao nível das receitas, que
dependem (...) em 93 a 95% dos recursos externos, a execução (elaboração) não é
das mais desejáveis para o investimento", explicou o chefe do executivo
são-tomense.
Por isso, Patrice
Trovoada tem "encontros marcados para a próxima semana" com o
objetivo de conseguir fontes de financiamento para "sustentar o esforço de
investimento público para 2013" que o País precisa.
Sobre as despesas,
Patrice Trovoada disse que o executivo "tem sido bastante poupado",
uma vez que se "nota perfeitamente a responsabilidade do governo em não
gastar aquilo que não tem".
O governo está a
ultimar o Orçamento do Estado para 2013 e lançou-se numa campanha internacional
à procura de ajuda externa para executar obras que pretende inscrever no
Programa de Investimento Publico (PIP) para o próximo ano.
Há duas semanas o
primeiro ministro deslocou-se à Alemanha e aos Estados Unidos da América. Na
Alemanha participou na reunião da Africon sobre a defesa e segurança no Golfo
da Guiné e nos Estados Unidos da América marcou presença na reunião anual da
Assembleia-geral das Nações Unidas.
Patrice Trovoada
aproveitou a estadia nos Estados Unidos da América e deslocou-se a Washington
onde reuniu com representantes do Banco Mundial (BM) e do Fundo Monetário
Internacional (FMI), também como o objetivo de solicitar financiamentos.
"Encontramos
alguma abertura", explicou o primeiro-ministro, acrescentando, contudo,
que "esse trabalho de mobilização financeira vai continuar nos próximos
dias".
No seu regresso dos
Estados Unidos o chefe do executivo passou ainda pela Guiné Equatorial.
A viagem à Guiné
Equatorial "que não estava prevista, foi sobretudo para tentarmos
finalizar alguns aspetos da cooperação a nível financeiro com o governo de
Malabo, o que nos permitiu fazer alguns progressos", explicou.
O primeiro-ministro
tem de entregar o OE à Assembleia Nacional (parlamento) ainda este mês, para
permitir, de acordo com a lei, a sua discussão e eventual aprovação até ao
final de novembro.
Contudo, ainda não
está definida a data para a entrega do projeto de lei do orçamento de Estado ao
parlamento, tendo o executivo anunciado que a data para a entregado do
documento só seria conhecida depois de uma reunião do Conselho de Ministros que
estava inicialmente marcada para esta sexta-feira.
Sem comentários:
Enviar um comentário