Venezuelanos decidem hoje sobre continuidade de projeto socialista de Hugo Chávez

 

FPG – JMR - Lusa

 

Caracas, 07 out (Lusa) - Quase 19 milhões de venezuelanos são hoje chamados a votar em eleições presidenciais tidas como as mais importantes desde que há 14 anos Hugo Chávez chegou ao poder por decidirem da continuidade do seu projeto socialista.

 

O próximo Presidente será eleito por maioria simples e dirigirá os destinos da Venezuela entre 10 de janeiro de 2013 e 9 de janeiro de 2019.

 

Apesar de as eleições serem disputadas por seis candidatos, as atenções estão centradas em duas figuras principais, o atual Presidente e candidato à reeleição, Hugo Chávez, 57 anos e o advogado e líder da oposição Henrique Capriles Radonski, de 40 anos de idade.

 

Defensor da instauração como doutrina política e sistema de governo do que define como "socialismo do século XXI", Hugo Chávez, procura a reeleição para um terceiro mandato, o que só é possível depois de ter feito aprovar em 2009 uma "emenda" constitucional que eliminou restrições sobre mandatos sucessivos para os cargos eleitos, anteriormente limitadas a dois mandados.

 

A apoiar a reeleição de Hugo Chávez está o Grande Polo Patriótico (GPP), uma coligação composta pelo Partido Socialista Unido da Venezuela, o Partido Comunista da Venezuela, a Unidade Popular Venezuelana, o partido Pátria Para Todos - Maneiro, o Movimento Tupamaro, o Movimento Eleitoral do Povo e os partidos Jovem, IPCN e Redes, entre outros.

 

Acusado pelo "chavismo" de ser o candidato da direita e da burguesia, Henrique Capriles Radonski, define-se como de "esquerda moderada, à brasileira".

 

Capriles Radonski foi eleito em fevereiro, em eleições primárias da oposição, como candidato presidencial da coligação Mesa de Unidade Democrática (MUD), criada formalmente em janeiro de 2008 e composta por partidos de tendência social-democrata, democrata-cristã, centristas e trabalhistas.

 

Com menos popularidade e poucas esperanças eleitorais participam ainda nas presidenciais venezuelanas Joel Acosta Chirinos, um antigo tenente do exército que participou na fracassada intentona golpista de 4 de fevereiro de 1992, liderada pelo então comandante Hugo Chávez contra o então presidente Carlos Andrés Pérez (27 outubro de 1922 - 25 dezembro de 2010), o sindicalista Orlando Chirinos, Reyna Sequera e Maria Bolívar.