MSE - Lusa
Díli, 26 nov (Lusa)
- O primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, manifestou hoje
preocupação com a situação da Guiné-Bissau e pediu apoio para o povo guineense.
O chefe do governo
timorense falava na sessão de abertura da VII reunião do Conselho de Chefes da Polícia
da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que se realiza em Díli
entre hoje e quinta-feira.
"Os nossos
irmãos guineenses estão também a enfrentar grandes dificuldades. Manifestamos
aqui o nosso empenho para que a Guiné-Bissau rapidamente regresse à comunidade
dos países onde a ordem pública e o respeito pelas decisões populares sejam a
regra", afirmou Xanana Gusmão.
No discurso, o
primeiro-ministro timorense apelou também para que não se permita que o
"povo guineense fique abandonado à sua sorte".
A 12 de abril, na
véspera do início da segunda volta para as eleições presidenciais da
Guiné-Bissau, na sequência da morte por doença do Presidente Malam Bacai Sanhá,
os militares derrubaram o Governo e o Presidente.
A Guiné-Bissau está
a ser administrada por um Governo de transição, apoiado pela Comunidade
Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que pretende realizar
eleições no país em abril do próximo ano.
A maior parte da
comunidade internacional, incluindo a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa
(CPLP), não reconhece as novas autoridades de Bissau.
2 comentários:
“A maior parte da comunidade internacional, incluindo a Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), não reconhece as novas autoridades de Bissau.”
Uma das melhores decisões jamais tomadas pela CPLP. Tanto Guiné-Bissau e Cabo Verde têm histórias de golpes de estado, como quem muda de cuecas, no passado. Faltas de solidariedade nos governos da CPLP encorajou mais para que estes golpes repetissem. E com esta tomada de posição esperamos que futuros golpistas pensarão mais vezes.
He ainda mais, os golpistas deviam ser julgados e encaminhados para os calaboços! E aquele military, da Guiné-Bissau, que se diz porta-voz devia ser preso também. Porque este tipo foi para Portugal para aprender/estudar como funcionam democracias, mas uma vez regressado ao país tornou-se mais pior ainda. Que desgraça.
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