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Nova Iorque, 12 nov
(Lusa) - O Conselho de Segurança realiza hoje aquele que deverá ser o seu
último debate sobre a missão da ONU em Timor-Leste (UNMIT), cumprindo a
aspiração do Governo timorense de retirar o país da agenda do organismo.
O debate, que se
segue a uma visita de embaixadores dos países-membros do Conselho de Segurança
a Timor-Leste, irá contar com a presença do ministro dos Negócios Estrangeiros
timorense, José Luís Guterres.
O Conselho de
Segurança irá ainda ouvir um 'briefing' do atual representante especial da ONU
para Timor-Leste, Finn Reske-Nielsen.
O mandato da UNMIT
expira a 31 de dezembro e não será renovado.
Após o último debate
da Assembleia-Geral da ONU, o ministro dos Negócios Estrangeiros timorense
expressou à Lusa a intenção de retirar o país o mais rapidamente possível da
agenda do Conselho de Segurança, por acreditar que dá uma imagem de
instabilidade ao país.
Guterres sublinha
que a presença das agências da ONU manter-se-á e "será sempre
bem-vinda", mas a inscrição do país na agenda do Conselho de Segurança
"dá uma imagem de um Timor-Leste sempre em conflito, de que não e estável,
o que não é verdade".
"A realidade
desde há algum tempo é que há estabilidade completa. Fizemos reformas no setor
de segurança e defesa, fizemos investimentos no capital humano e muitos
investimentos na área social, de maneira que hoje há paz em Timor-Leste",
disse à Lusa.
A missão do
Conselho de Segurança da ONU terminou a 6 de novembro com uma visita de análise
à situação em Timor-Leste, com uma avaliação de que o país está em condições de
assumir plena soberania.
"Timor-Leste
está em condições de assumir plena soberania e ser senhor do seu destino e
decidir sobre o mesmo", afirmou à agência Lusa o representante permanente
adjunto de Portugal junto da ONU, embaixador João Maria Cabral.
Nas declarações à
Lusa, o embaixador destacou que o fim da UNMIT não significa o fim do
envolvimento da ONU com Timor-Leste.
"Timor-Leste é
um membro das Nações Unidas e vai continuar, quer de uma forma ativa,
contribuinte para as decisões das Nações Unidas, quer de uma forma passiva, a
receber e a recolher os benefícios dessa pertença à ONU", salientou.
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