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Lusa
Chimoio,
Moçambique, 21 nov (Lusa) - Doze garimpeiros morreram soterrados em duas minas
de ouro na província de Manica, centro de Moçambique, disseram hoje à Lusa a
polícia e a Direção Provincial dos Recursos Minerais e Energia.
Segundo o porta-voz
do Comando Provincial da Polícia em Manica, Bartolomeu Amone, oito garimpeiros
perderam a vida, no distrito de Macossa, quando um túnel de uma mina de ouro
desabou no domingo.
"No domingo,
os oito garimpeiros exploravam ouro num túnel fundo, suportado por barras de
estacas. Só que as estacas já estavam desgastadas e fragilizadas e cederam ao
peso da terra, soterrando os mineiros", explicou à Lusa Bartolomeu Amone,
porta-voz do comando provincial da polícia em Manica.
Por seu turno,
Óscar Bato, técnico da Direcção Provincial dos Recursos Minerais e Energia de
Manica, Óscar Bato, relatou à Lusa a morte de quatro garimpeiros num túnel no
distrito de Gondola.
"Havia dois
garimpeiros no túnel, quando a água os invadiu. Outros dois foram para
socorrer, quando desabou a terra, matando os quatros garimpeiros",
explicou Óscar Bato.
Hoje, a Justiça
Ambiental, ONG moçambicana que se dedica a assuntos sobre o ambiente,
referiu-se em comunicado à morte dos oito garimpeiros no distrito de Macossa,
manifestando "profunda indignação", ao mesmo tempo que exorta as
autoridades governamentais para uma maior ação de fiscalização.
"As
autoridades moçambicanas perderam quase o controle do saque e delapidação de
recursos mineiros e naturais existentes um pouco por todo o país, situação propiciada
pela deficiente implementação de políticas e ações concretas e pela passividade
do Estado contra práticas recorrentes de mineração artesanal, constituindo
assim grandes incentivos para este tipo de situação", aponta a nota de
imprensa enviada à Lusa.
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