Sol - Lusa
Vinte países, entre
os quais Portugal, vão juntar-se, na quarta-feira, à jornada de luta europeia
contra a austeridade e a favor do emprego, que inclui greves, manifestações,
acções de protesto e reuniões em várias cidades da Europa.
A jornada europeia
de acção e solidariedade, organizada pela Confederação Europeia dos Sindicatos
(CES), tem como lema «Pelo emprego e a solidariedade na Europa, não à
austeridade» e vai mobilizar cerca de 40 organizações sindicais.
Além dos 20 países
em que as vozes contra a austeridade se vão fazer ouvir na quarta-feira, há
outros três que também se associam à jornada de luta, mas onde as acções de
protesto decorrerão mais tarde: Suíça (quinta-feira), Eslovénia e República
Checa (sábado, em ambos os casos).
«A jornada tem como
objectivo transmitir uma mensagem comum em defesa do crescimento e emprego e
contra a austeridade. Estou convencida de que se tivermos uma grande acção em
toda a Europa, tal poderá fazer a diferença», afirmou a secretária-geral da
CES, Bernadette Ségol, em entrevista à agência Lusa, em Bruxelas.
Bernadette Ségol
disse que «no final de Junho houve alguma esperança, porque a ideia de
crescimento e emprego foi reconhecida pelo Conselho Europeu». No entanto, «os
actos não seguiram as palavras» e a CES «não vê os governos a agir».
Para quarta-feira,
estão marcadas greve gerais de 24 horas contra a austeridade em Portugal e
Espanha, enquanto em Itália e na Grécia decorrerão paralisações de quatro e
três horas, respectivamente.
Também em Vilnius,
Lituânia, haverá uma greve, mas apenas abrangerá o sector dos transportes.
Em várias cidades
europeias decorrerão acções de sensibilização e/ou de protesto contra as
políticas de austeridade e em defesa do emprego.
Na capital belga
haverá uma manifestação junto à Comissão Europeia e, em França, estão previstas
25 manifestações «pelo emprego e a solidariedade na Europa».
Na Suíça, estão
agendadas manifestações junto a embaixadas e à representação permanente da
União Europeia e, na Polónia, decorrerão manifestações em várias cidades «em
defesa do trabalho digno».
Da Alemanha, Reino
Unido, Holanda, Áustria, Dinamarca e Suécia sairão mensagens de solidariedade
para com os trabalhadores dos países europeus que estão a ser afectados por
medidas de austeridade.
Na Bulgária,
decorrerão em várias cidades fóruns para discutir temas laborais, em Malta está
previsto um seminário sobre o emprego e na Letónia jovens sindicalistas serão
recebidos pelo presidente do parlamento para discutir o emprego e a educação
dos jovens.
Na Finlândia, os
sindicatos organizam várias ações para apelar ao respeito pelos trabalhadores
na Europa e farão chegar ao comissário europeu dos Assuntos Económicos um
conjunto de reivindicações, enquanto no Luxemburgo uma delegação sindical será
recebida pelo primeiro-ministro, Jean-Claude Juncker, que é também o líder do
Eurogrupo (ministros das Finanças da zona euro), para discutir as alternativas
que existem para sair da crise.
Sem comentários:
Enviar um comentário