SK – MLL - Lusa
O ministro da
Administração do Território angolano saudou hoje os "patriotas" que
há 52 anos se levantaram contra o regime colonial português, o qual, sublinhou,
havia fechado "todas as portas" para uma solução negociada da
independência de Angola.
Num discurso
proferido por ocasião das comemorações do 52.º aniversário do 04 de Fevereiro,
dia do início da Luta Armada de Libertação Nacional de Angola, que hoje se
assinala, Bornito de Sousa homenageou todos aqueles que se sacrificaram para
que Angola fosse um país independente e soberano, refere a agência noticiosa
angolana Angop.
"A luta armada
não foi a primeira opção dos patriotas angolanos, [que] dela só fizeram recurso
quando se tornou claro que o regime colonial fechara todas as portas para uma solução
negociada da independência de Angola", afirmou o governante, que falava em
representação do chefe de Estado angolano, José Eduardo dos Santos.
O ato central das
comemorações do 52º aniversário foi assinalado sob o lema "Honremos os
nossos heróis servindo a nação com lealdade" e teve lugar na localidade de
Xangongo, província do Cunene, no sul de Angola.
Bornito de Sousa
lembrou que, há precisamente 52 anos, um grupo de angolanos aproveitou a
concentração em Luanda de jornalistas estrangeiros que cobriam a chegada do
paquete "Santa Maria" (desviado pelo general português Henriques
Galvão, opositor ao regime de Salazar), para atacar a cadeia de São Paulo e a
Casa de Reclusão, ambas em Luanda, libertando os presos políticos ali detidos.
"Os heróis do
04 de Fevereiro enfrentaram o exército e a polícia coloniais apenas com catanas
na mão, e a data é assim considerada e celebrada como a do início da luta
armada de libertação nacional", evocou o ministro, citado pela Angop.
O governante
angolano sublinhou que foi graças à luta armada e política, conjugada como a
união de esforços das ex-colónias portuguesas, que o povo de Angola alcançou a
vitória sobre o regime colonial, a 25 de abril de 1974, e a proclamação da
Independência Nacional, a 11 de novembro de 1975.
Bornito de Sousa
disse ainda que com a conquista da paz definitiva, em 04 de abril de 2002, com
o fim da guerra, o principal desafio da presente geração passa por desenvolver
e modernizar o país.
Sem comentários:
Enviar um comentário