Correio do Brasil -
de Florianópolis
A Polícia Militar
(PM) de Santa Catarina informou nesta segunda-feira que prendeu o
autor do ataque à base da Guarda Municipal de São José, cidade que faz parte da
Grande Florianópolis. O homem foi preso em um hospital, após ser baleado em um
confronto com policiais e revelou ter recebido R$ 100 para atirar. Das 18h de
domingo às 7h desta manhã, a Secretaria de Segurança Pública registrou quatro
episódios ligados à onda de violência no Estado. Nos outros três casos, ninguém
foi preso até agora.
Na Avenida Santa
Catarina, no bairro Estreito, em Florianópolis, por volta das 22h, dois homens
tentaram incendiar a garagem da Empresa de Transporte Coletivo Emflotur, mas o
artefato não explodiu e os criminosos fugiram. Na cidade de Itajaí, de acordo
com a Polícia Militar, um homem que usava touca disparou quatro tiros contra um
ônibus e fugiu a pé. Os disparos acertaram a traseira do ônibus, não deixaram
feridos.
Em Navegantes, dois
homens incendiaram um ônibus de transporte coletivo no bairro Meia Praia. O
Corpo de Bombeiros controlou o fogo e não houve vítimas. Os autores do atentado
não foram localizados.
As autoridades de
segurança de Santa Catarina ainda não confirmaram se tratar de uma “onda de
atentados” como a registrada em novembro, quando 68 ocorrências assustaram a
população. Na capital Florianópilis foram registradas seis ocorrências na
madrugada. Mais uma vez, os ataques se concentraram na região norte da cidade.
Uma base da Polícia
Militar localizada no bairro Canasvieiras foi incendiada por quatro homens.
Ônibus ainda foram incendiados nos bairros João Paulo, Canasvieiras e Ingleses.
Neste último caso, o passageiro Eron Melo, 19 anos, sofreu queimaduras ao sair
do coletivo e precisou ser encaminhado a uma unidade de saúde da região.
Violência
Desde o dia 12
novembro de 2012, o Estado de Santa Catarina registrou uma série de atentados e
contra ônibus e bases da polícia. Enquanto os coletivos foram alvos somente de
incêndio, algumas bases policiais também foram alvejadas. Na região norte de
Florianópolis, o carro de um policial civil foi incendiado. Ao todo, a polícia
prendeu 27 suspeitos de participação nos crimes, sendo 12 adolescentes.
Na segunda-feira,
dia 12, uma funcionária de uma empresa de administração prisional recebeu uma
mensagem no celular que avisava sobre os ataques, que seriam uma represália a
supostos maus tratos ocorridos dentro da Penitenciária de São Pedro de
Alcântara.
O secretário de
Segurança Pública de Santa Catarina, César Augusto Grubba, afirmou que os
atentados ocorridos em Florianópolis podem ter sido uma imitação dos ataques
ocorridos nos últimos dias em São Paulo, onde mais de 90 policiais foram mortos
em 2012.
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