Expresso - Lusa
O
ex-primeiro-ministro grego avisa que se a Europa não tomar mais medidas,
"os sacrifícios dos portugueses, gregos, espanhóis e italianos poderão
perder-se e mais nos será exigido".
O presidente da
Internacional Socialista, o ex-primeiro-ministro grego Georgios Papandreou,
alertou hoje que a crise não acabou e, se a Europa não mudar, os sacrifícios
dos portugueses, gregos, espanhóis e italianos serão em vão.
"A crise não
acabou. Ainda hoje, se a Europa não tomar mais medidas, os sacrifícios dos
portugueses, gregos, espanhóis e italianos poderão perder-se e mais nos será
exigido", disse, na abertura do Conselho da Internacional Socialista, em
Cascais.
Papandreou, que
assumiu o governo grego em 2009 e se demitiu em 2011 para dar lugar a um
governo de união nacional, admitiu que os sacrifícios eram necessários, mas
deveriam ter servido apenas para dar tempo à Europa de mudar.
Em 2009, o
governante assumiu a responsabilidade de "limpar a confusão deixada pelo
governo conservador anterior" e fê-lo "com o apoio e muitos
sacrifícios do povo grego".
"Sobrevivemos,
a Grécia está viva hoje, e tem perspetivas, mas sei, como o António [José
Seguro] sabe, que a dívida e o défice são só sintomas de problemas
piores", disse o líder do Pasok.
No início do seu
discurso, Papandreou disse que a realização da reunião da IS em Portugal visa
manifestar "solidariedade com o povo português, com o partido Socialista e
o seu líder", que considerou ser um dos "líderes mais
apaixonados" do movimento, "Num país que enfrenta enormes desafios e
até dor, é um líder com visão", disse, referindo-se ao secretário-geral do
PS, António José Seguro.
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