Welinton Naveira e Silva –
Debates Culturais
O comportamento
ético e honesto não condiz com a natureza do sistema capitalista, de essência e
princípios incompatíveis com a dignidade, justiça e fraternidade. Suas leis,
valores e fundamentos permitem a grande acumulação de riquezas em mãos de
poucos, o que só é possível, se subtraídas de quem as produziu. Se retiradas do
trabalhador.
Toda riqueza
produzida no mundo decorre da labuta do trabalhador que acaba ficando com muito
pouco do que produz, salvo exceções, as minoritárias classes de trabalhadores especializados
e/ou privilegiados.
Prova numérica
dessa injusta concentração de riquezas pode ser extraído na revista Forbes,
anunciando que no mundo existem 1.426 bilionários. Ou seja, o nosso minúsculo
planeta Terra, navegando no espaço sideral, leva a bordo 1.426 felizes
bilionários, bem ao lado de 4 bilhões de excluídos. Uma gigantesca injustiça,
principalmente, por conta da fantástica tecnologia já existente, capaz de
extinguir toda a miséria do mundo.
Os EUA, em cínicos
pretextos, lideraram a invasão militar do Iraque e da Líbia, com fartos
massacres e bombardeios, fazendo milhares de mortos, mutilados, órfãos e
viúvas, inclusive, utilizando e velha prática da hedionda tortura. Tudo,
visando às riquíssimas reservas de petróleo desses desarmados povos, sem
efetivo poder de defesa. Ambas as nações foram presas fáceis para o poderoso e
cruel predador, em seu projeto de apoderar-se do controle do petróleo alheio,
vital para sua debilitada economia.
PRODUTOR E
CONSUMIDOR
O sistema
capitalista possui dois pólos, sendo um deles, o polo produtor (indústria,
serviços, comércio e bancos) e o outro, o pólo consumidor, formado por milhares
de consumidores com o necessário poder de compra e de consumo. Num dos pólos se
produzem todas as riquezas que são consumidas pelo outro pólo, com o dinheiro
girando entre esses dois pontos. A existência de um dele está condicionada a
existência do outro. Se extinguir um desses pólos, o outro desaba, desmontando
o sistema capitalista.
Por outro lado,
constata-se a redução do tamanho do polo consumidor, em todo o mundo, devido
aos milhares de desempregados decorrente do inevitável acelerado desemprego tecnológico
(um dos responsáveis pela atual crise mundial) demitindo trabalhador braçal e
intelectual, minando as bases do sistema capitalista.
A tecnologia demite
tanto o trabalhador braçal quanto o intelectual, sem preconceito algum. É apta
a infatigável produção dos mais sofisticados e complexos produtos,
necessitando, a cada dia, de menos trabalhadores. Minando as bases da estrutura
capitalista, exterminando o pólo consumidor. Sem um sideral pólo consumidor
planetário, a falência do sofisticado e complexo pólo produtor mundial de
riquezas (indústria, comércio, serviços e bancos) será inevitável.
Apesar da
exuberante vitalidade do capitalismo, só não se sabe ao certo quando irá a
falência final. Também, quais serão as selvagerias decorrentes e inevitáveis aos
povos fracos, destituídos de poder de fogo nuclear. Quem sabe, a terceira
guerra mundial virá logo em seguida à quebra do capitalismo, com o extermínio
da humanidade. Mas, se Deus intervém, finalmente a humanidade poderá dar início
à construção de um planeta justo, fraterno, seguro e limpo, para todos.
Possível e viável.
Artigo publicado no
site Tribuna da
Internet
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