JSD – APN - Lusa
Cidade da Praia, 03
abr (Lusa) - O secretário executivo da CPLP mostrou-se hoje cauteloso sobre a
possibilidade de as eleições gerais na Guiné-Bissau se realizarem apenas em
2014, defendendo que antes, os partidos políticos guineenses devem definir o
que pretendem.
Murade Murargy, que
falava aos jornalistas no final da palestra que proferiu na Cidade da Praia e
subordinada ao tema "Repensar a CPLP", sublinhou que as forças
políticas guineenses devem primeiro aprovar no Parlamento o Pacto de Regime e o
Roteiro e formar um Governo "inclusivo" que conduza o país durante a
transição.
"Antes de
falarmos em eleições é preciso primeiro que os partidos políticos guineenses se
entendam, que encontrem uma plataforma comum e é nisso que estamos a
trabalhar", salientou Murargy, que esteve na semana passada na
Guiné-Bissau.
"É preciso que
digam o que querem para nós (CPLP) podermos apoiar. Neste momento, estão a
trabalhar para o Pacto de Regime e o Roteiro e, depois, para se formar um
governo inclusivo, que vai conduzir o processo eleitoral, ou seja, o processo
de transição, até às eleições", disse.
Para Murargy, só
depois de o processo de transição "correr regularmente e bem" é que
se poderá saber se será possível organizar eleições até ao final do ano.
"Mas são os
guineenses que têm de tomar em mãos o seu destino. Não somos nós que o vamos
impor", afirmou.
Murargy está em
Cabo Verde desde sexta-feira passada, mas só segunda-feira é que iniciou a visita
oficial de três dias a Cabo Verde, que hoje terminou com a palestra.
Quinta e
sexta-feira, já fora da esfera oficial, Murargy participa, ainda na Cidade da
Praia, na Conferência Luso-Francófona de Saúde (COLUFRAS), que congrega um
crescente número de instituições, associações e profissionais da saúde dos
países francófonos e lusófonos, principalmente do Brasil e do Canadá.
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