Expresso
O braço direito de
Salgueiro Maia na revolução dos Cravos diz que estar presente nas comemorações
do 25 de Abril no Parlamento era como aplaudir a política do Governo.
O adjunto de Salgueiro Maia
no 25 de Abril, Carlos Beato, disse em entrevista à Antena 1, estar
solidário com as personalidades que vão faltar ao 39º aniversário do 25 de
Abril no Parlamento.
"Tenho que aceitar, tenho que reconhecer que a presença dos militares de
Abril naquelas galerias era de alguma forma caucionar soluções e caminhos que
de facto não são aqueles que Abril abriu", afirmou Carlos Beato, numa
entrevista à Antena 1, que será transmitida na sexta-feira.
Segundo o responsável, a ausência nas comemorações oficiais serve para mostrar
a contestação face às políticas erradas do Governo.
"Estou solidário com Mário Soares, com Manuel Alegre e com os militares de
Abril, mais uma vez, e que nessa posição simbólica afirmam a sua contestação
àquilo que têm vindo a ser as soluções que têm sido encontradas para Portugal e
para os portugueses", acrescentou.
O adjunto do capitão de Abril revelou ainda que Salgueiro Maia escolheu os 240
homens que o acompanharam de Santarém a Lisboa pela música que ouviam.
"Éramos escolhidos pelas músicas que ouvíamos...e quem não gostava das
músicas do Zeca Afonso, do Adriano, do Francisco Fanhais, do José Mário Branco
não era contactado, mesmo que fosse um grande democrata e um grande
revolucionário", rematou.
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