MBA – APN - Lusa
Luanda, 28 mai
(Lusa) - A região de Cabinda terá um novo terminal de carga no aeroporto e será
construído um porto de águas profundas, que deverá tornar clara a soberania do
país no rio Zaire, anunciou o ministro dos Transportes angolano.
Augusto Tomás,
citado pela agência oficial de notícias Angop, indicou que o novo terminal
surgirá no âmbito das obras de reabilitação, que deverão estar concluídas
dentro de dois anos.
As obras de
melhoria iniciam-se em 2014 e têm como objetivo conferir maior capacidade e
mais conforto à estrutura, disse o ministro, intervindo num Fórum Empresarial
sobre "As infraestruturas de transportes e o desenvolvimento económico e
social de Cabinda".
Para além da
construção de um terminal de carga, os melhoramentos que estão previstos
incluem também mais espaço para o estacionamento de aeronaves, a construção de
um edifício técnico e de uma torre de controlo, bem como um novo sistema de
drenagem e o alargamento da pista.
No decurso da
intervenção, o ministro salientou ainda as melhorias no transporte rodoviário
na região de Cabinda, exemplificando com o número de viaturas entregues ao
governo local para melhorar os transportes públicos.
Sobre o novo porto
de águas profundas, juntamente com o projeto de rede nacional de cabotagem, que
Augusto Tomás considerou como fundamentais para o desenvolvimento de Cabinda e
das províncias do norte de Angola, a expetativa é que tenham um impacto significativo
no PIB, levando à criação de postos de trabalho.
De acordo com a
Angop, que cita o governante, o porto de águas profundas será construído, entre
2013 e 2015, na aldeia do Caio, nas proximidades do complexo petrolífero de
Malongo, e a rede de cabotagem, no norte de Angola, criada entre Cabinda, Soyo,
Nzeto, e os terminais fluviais na Pedra do Feitiço e no Nóqui, no rio Zaire.
Salientando a
vantagem da construção do porto de águas profundas para as relações económicas
nesta região, o ministro sublinhou também que, com esta infraestrutura, será
possível impor no rio Zaire um movimento comercial significativo de armação e
bandeira angolana, contrabalançando o poderio e o quase monopólio dos portos de
Boma e de Matadi, da República Democrática do Congo.
Por outro lado,
acrescentou o ministro, este porto vai evidenciar a soberania angolana sobre as
águas territoriais do rio Zaire, através da forte presença dos transportes da
rede de cabotagem que lá vão circular.
Sem comentários:
Enviar um comentário