domingo, 20 de outubro de 2013

São Tomé: 30 tartarugas foram abatidas nos últimos dias entre Micoló e Mouro Peixe

 

Téla Nón
 
Intensifica-se a caça às tartarugas nas Praias da ilha de São Tomé. De Agosto a Setembro, pelo menos 30 tartarugas foram abatidas entre as Praias de Micoló e de Mouro Peixe. A ONG Marapa, disse ao Téla Nón que São Tomé não tem legislação que proíbe a matança das tartarugas.
 
MARAPA-Mar Ambiente e Pesca Artesanal, é a ONG a nível nacional que se ocupa pela protecção das tartarugas marinhas. Após ter denunciado Há alguns meses a matança de dezenas de tartarugas as praias da ilha de São Tomé, a ONG, chamou o Téla Nón para dar conta que a matança das tartarugas, está a intensificar.
 
De Agosto a Setembro último, os guardas que a ONG tem destacados nas praias da região norte da ilha de São Tomé, mais concretamente Micoló e Mouro Peixe, registaram a morte de 30 tartarugas, que deram a praia para desovar.
 
João Pessoa Lima, secretário executivo da ONG, disse ao Téla Nòn que a matança em curso ameaça a sobrevivência dessa espécie animal, uma vez que só as femeas é que vêm a praia no periodo da desova. O abate indiscriminado das mesmas como está a ocorrer no país, ameaça a reprodução da espécie. « É no periodo de desova que vêm para praia. O risco é que só as fémeas é que vêm para praia a fim de desovar. Agora as pessoas vão a praia e fazem patrulhamento a espera das tartarugas para matar e comer. Isso durante a noite», reclamou o responsável da MARAPA.
 
A ONG que destacou guaardas nas praias de São Tomé, para acompanhar as tartarugas no periodo da desavo, diz que está de mãos atadas, porque as autoridades governamentais, ainda não deligenciaram no sentido de criar uma legislação que possa proteger as tartarugas. «Um dos aspectos que nos deixa de mãos atadas é a ausência da Lei sobre protecção dessas espécies. Vimos trabalhando neste assunto desde 2006 sem sucesso», precisou.
 
Falta de vontade política contribui para o aniquilamento das tartarugas. Espécie que em muitas partes do mundo já deixou de existir. «Recentemente concluímos um projecto-lei envolvendo a Direcção Geral da Agricultura e o Director de Gabinete do Ministro das Obras Publicas e Meio Ambiente e o seu Gabinete juridico. O documento esta pronto para ser analisado e aprovado no Conselho dos Ministros e ja la vão 3 meses», denunciou João Pessoa Lima.
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MARAPA diz ser necessária a união de todos para salvar as tartarugas na ilha de São Tomé. Isto porque na ilha do Príncipe, a situação é diferente. Príncipe é reserva mundial da biosfera e as autoridades regionais, agem para preservar o futuro.
 
As autoridades do Príncipe criaram uma legislação regional, que proíbe a caça e o consumo da carne de tartaruga. Recentemente o Téla Nón, publicou um artigo, em que as autoridades do Príncipe detiveram algumas pessoas implicadas no comércio da carne de tartaruga.
 
Abel Veiga
 
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