quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Japão: Descontaminação da região de Fukushima será muito complicada, diz AIEA

 


Agência Internacional de Energia Atômica, no entanto, disse que o Japão fez progressos no controle da situação
 
Opera Mundi, São Paulo
 
Um time de inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), que fez uma visita de dez dias à usina de Fukushima, afirmou que o Japão fez progressos para estabilizar as instalações, mas ressaltou que a descontaminação da planta será um processo "extremamente complicado".
 
Os especialistas foram convocados pelo governo do Japão para avaliar diversas operações da usina, que fazem parte do programa de desmantelamento das instalações nucleares. O foco da equipe era avaliar a remoção de combuistível do reator 4. De acordo com a BBC, os inspetores afirmaram que os vazamentos de água radioativa estão controlados e que a retirada de combustível radioativo tem ocorrido sem incidentes.
 
"O time considera que a situação permanece muito complexa e que ainda há muitas questões desafiadoras que precisarão ser resolvidas para a estabilidade a longo prazo da planta", afirmou Juan Carlos Lentijo, chefe da missão.
 
Para os especialistas, o estoque de água radioativa continua a ser o maior problema das autoridades japonesas. Por enquanto, a água continua estocada no local.
 
A agência afirma que uma solução seria lançar a água ao mar, após um processo de descontaminação. A sugestão encontra resistência em diversas frentes, desde a comunidade internacional até pescadores locais, que já foram prejudicados pelos vazamentos da usina.
 
Estima-se que o processo de desmantelamento de Fukushima levará entre 30 e 40 anos.
 
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