quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Zona de defesa aérea da China causou "apreensão significativa" -- Joe Biden

 


Pequim, 05 dez (Lusa) - O vice-presidente norte-americano, Joe Biden, disse hoje que a nova zona de identificação de defesa aérea que a China declarou no Mar da China Oriental causou "apreensão significativa" e instou o país a reduzir as tensões na Ásia-Pacífico.
 
Joe Biden, que falava para cerca de 60 empresários norte-americanos na China, expressou preocupação quanto à decisão do país de expandir a sua influência militar no espaço aéreo sobre o Mar da China Oriental, e disse que tinha discutido o assunto durante mais de quatro horas com o Presidente chinês, Xi Jinping.
 
"O anúncio recente e súbito do estabelecimento de uma nova zona de identificação de defesa aérea tem, obviamente, causado significativa apreensão na região", disse Joe Biden, frisando: "Fui bastante direto sobre a nossa posição firme e expectativas na minha conversa com o Presidente Xi".
 
A China declarou a 23 de novembro o estabelecimento unilateral de uma "zona de identificação de defesa aérea" sobre uma área na costa sudeste que inclui o arquipélago das Diaoyu/ Senkaku, cuja soberania disputa com o Japão.
 
Na sequência da declaração dessa zona, que irritou os países vizinhos e os Estados Unidos, Pequim requer agora que os aviões que sobrevoam a área se identifiquem previamente e comuniquem os seus planos de voo.
 
Dias depois do anúncio de Pequim, dois bombardeiros B-52 norte-americanos, que levantaram da ilha de Guam no Pacífico, atravessaram a zona sem avisar as autoridades chinesas.
 
As advertências de Joe Biden surgiram no final da sua visita a Pequim.
 
O tema da nova zona de identificação de defesa aérea dominou a agenda do vice-presidente norte-americano na viagem à Ásia, que passou por Tóquio, no início desta semana, e que continuará em Seul, a partir do final do dia de hoje.
 
Um alto funcionário da Casa Branca, que falou aos jornalistas, em Pequim, na quarta-feira no final do dia de reuniões dos líderes, reiterou que os Estados Unidos não reconhecem a decisão da China, mas que era determinante que Pequim não tomasse nenhuma ação ligada à área que aumentasse as tensões na região.
 
"Nós também deixámos claro que não só os Estados Unidos, mas também outros países, esperam medidas para diminuir as tensões e que isso inclui evitar ações que poderiam levar a uma crise", disse o mesmo responsável, sob a condição de anonimato, citado pela AFP.
 
FV // DM - Lusa
 

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