domingo, 29 de junho de 2014

ANGOLANOS ESBANJAM FORTE E FEIO NAS FESTA DE SEXO EM CABO VERDE



Folha 8 – 28 junho 2014

Os angolanos ricos estão na classe dos clientes mais frequentes, mas não são os únicos e têm a fama de “bons pa­gadores”. Normalmente, chegam num jacto privado e procuram um hotel lon­ge de olhares indiscretos.

O negócio do sexo está em expansão no Mindelo e parece que está a conse­guir dar a volta à crise. Se nas ruas as “meninas que dão café” sentem a falta de clientes, nos salões, nas festas particulares o negócio prospera. Isto de­vido à procura por parte de homens de negócio ou aventureiros ricos que descobriram no Mindelo o lugar ideal para o turismo do sexo.

Os angolanos ricos estão na classe dos clientes mais frequentes, mas não são os únicos e têm a fama de “bons pagadores”. Nor­malmente, chegam num jacto privado e procuram um “ hotel longe de olha­res indiscretos”. Já têm os contactos das mulheres e ligam para marcar os en­contros nos hotéis. “Nor­malmente vão passando os contactos de uns para outros e já conhecem as meninas. Assim, não per­dem tempo à procura”.

cliente sabe o que procura: não quer uma prostituta clássica. Quer uma mulher bonita, muito bonita, com corpo de “avião” que lhe dê a sensação de que foi conquistada.

Mas que pagou não pela mulher, mas pela festa, pelas bebidas, pela alegria, pelo amor. As moças che­gam a cobrar 300 a 500 euros por noite fora os presentes. Ninguém sabe ao certo o que são “os pre­sentes”. O certo é que para as “cappuccinas” esses encontros são verdadeiras bolsas de contactos. Algu­mas já foram convidadas a viajar para Angola de férias, outras conseguiram trabalho, outras continuam a dar “cappucinno” agora em África ao sabor dos pe­trodólares.

Em rigor não se pode dizer que são prostitutas, embo­ra cobrem pelo sexo. Essas, são as meninas que “dão café”, sexo barato. Tão pouco a garota de progra­mas do Brasil. Estas mulhe­res baptizadas de “cappuc­cinas”, em analogia ao café expresso italiano e por ser mais caro que o simples café, trabalham, estudam ou são sustentadas por um ou mais “titios”. Outras conhecidas como “cafezei­ras” vivem unicamente e simplesmente dos “cafés” e dos “cappuccinos” que vão dando. Mas existem muitas jovens que não são nem uma coisa nem outra. Podem acabar como “ca­ppucinas” ou “cafezeiras”, mas vão a essas festas por prazer, para se divertirem e, ainda por cima, são pa­gas.

Os espaços nocturnos na cidade do Mindelo tam­bém têm facturado com essa nova clientela. Às ve­zes, o “organizador” opta por alugar um desses es­paços com serviço de bar aberto. Leva as “cappuc­cinas” e começa a festa. Mais uma. Nas nossa in­vestigação apurámos que “certa vez um grupo de empresários alugou uma boîte na cidade do Min­delo e um organizador contratou mais de trinta mulheres para ‘encherem’ o local”.

Os dados recolhidos nes­ta investigação permitem chegar à conclusão que Mindelo é um destino do turismo sexual? É claro que sim. E mais: todos os dias surgem novas ofertas de locais e mulheres para animar o mercado cres­cente dos negócios à volta do sexo em São Vicente. E não é verdade que são ape­nas os angolanos a anima­rem esse mercado com os seus muitos petrodólares. Se calhar são os que mais dão nas vistas. Mas portu­gueses, espanhóis, italia­nos, descobriram também esse mercado e os que procuram sexo nas férias já conhecem os circuitos. Só não conseguem compe­tir com os angolanos.

Dependendo dos dólares que se têm para gastar, mas que normalmente são muitos, a organização de festas particulares já en­trou no menu que é ofere­cido aos turistas do sexo. Normalmente os turistas recorrem a um “organiza­dor” que prepara tudo e recebe por isso.

Os lugares preferidos são vivendas luxuosas com piscina, onde servem co­mida e bebidas. Uma festa normal. Só que as damas são escolhidas a dedo e chegam a ganhar 40 con­tos por noite. Sabem ao que vão, sabem o que têm de fazer. Não custa fingir que se está a ser engatada quando há dólares na noi­te. Muitos dólares.

*In: Notícias do Norte/Cabo Verde

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