sexta-feira, 11 de julho de 2014

Angola: “NÃO PODE FALTAR DINHEIRO PARA MEDICAMENTOS”




A coordenadora do Pograma de Combate à Pobreza em Angola considerou "impossível" que os centros de saúde comunais não tenham medicamentos para atender os pacientes, desafiando os populares a pedirem contas aos administradores municipais.

Rosa Pacavira respondia aos lamentos de mulheres rurais do município de Icolo e Bengo, comuna de Catete, província de Luanda, num encontro de auscultação dos seus problemas realizado esta semana.

A falta de medicamentos, ambulâncias e enfermeiros qualificados foram reclamações enfatizadas pelas camponesas, que relataram casos de óbitos devido à situação.

"Todos os meses os municípios têm dinheiro para fazer postos de saúde, comprar medicamentos, fazer escolas, no âmbito do Programa de Combate à Pobreza. Não há dificuldades de dinheiro", afirmou Rosa Pacavira.

Segundo a coordenadora - igualmente ministra do Comércio de Angola -, cada um dos 161 municípios do país conta com uma verba anual de 191 milhões de kwanzas (1.435.950 euros) para o setor da Saúde.

"Ouvimos aqui que não há medicamentos, é impossível não haver medicamentos nos postos de saúde. O dinheiro sai do Ministério das Finanças diretamente para as administrações municipais", sublinhou a governante.

Por isso, aconselhou estas mulheres a pedirem contas à administração.

"Sentem com os administradores e peçam o plano de trabalho com o dinheiro que é dado aos municípios. Tem que dizer o que vai fazer durante o ano todo, se vocês concordam ou não", realçou Rosa Pacavira.

Em caso de insuficiência das verbas, explicou, os administradores devem assegurar o serviço com os recursos atribuídos atualmente e reclamarem um posterior aumento. Até porque, reconheceu, o dinheiro disponibilizado não chega para fazer estradas, outra das reclamações levantadas neste encontro, que movimentou cerca de 300 camponesas.

Lusa, em Notícias ao Minuto

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