A coordenadora do
Pograma de Combate à Pobreza em Angola considerou "impossível" que os
centros de saúde comunais não tenham medicamentos para atender os pacientes,
desafiando os populares a pedirem contas aos administradores municipais.
Rosa Pacavira
respondia aos lamentos de mulheres rurais do município de Icolo e Bengo, comuna
de Catete, província de Luanda, num encontro de auscultação dos seus problemas
realizado esta semana.
A falta de
medicamentos, ambulâncias e enfermeiros qualificados foram reclamações
enfatizadas pelas camponesas, que relataram casos de óbitos devido à situação.
"Todos os
meses os municípios têm dinheiro para fazer postos de saúde, comprar
medicamentos, fazer escolas, no âmbito do Programa de Combate à Pobreza. Não há
dificuldades de dinheiro", afirmou Rosa Pacavira.
Segundo a
coordenadora - igualmente ministra do Comércio de Angola -, cada um dos 161
municípios do país conta com uma verba anual de 191 milhões de kwanzas (1.435.950
euros) para o setor da Saúde.
"Ouvimos aqui
que não há medicamentos, é impossível não haver medicamentos nos postos de
saúde. O dinheiro sai do Ministério das Finanças diretamente para as
administrações municipais", sublinhou a governante.
Por isso, aconselhou
estas mulheres a pedirem contas à administração.
"Sentem com os
administradores e peçam o plano de trabalho com o dinheiro que é dado aos
municípios. Tem que dizer o que vai fazer durante o ano todo, se vocês
concordam ou não", realçou Rosa Pacavira.
Em caso de
insuficiência das verbas, explicou, os administradores devem assegurar o
serviço com os recursos atribuídos atualmente e reclamarem um posterior
aumento. Até porque, reconheceu, o dinheiro disponibilizado não chega para
fazer estradas, outra das reclamações levantadas neste encontro, que movimentou
cerca de 300 camponesas.
Lusa, em Notícias
ao Minuto
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