Hong
Kong, China, 03 jul (Lusa) -- O chefe do Governo de Hong Kong, CY Leung,
criticou hoje o facto de terem sido arremessados contra si vários objetos durante
um protesto no Conselho Legislativo (LegCo), onde a ala democrata reclamou
democracia plena.
De
acordo com a Rádio e Televisão Pública de Hong Kong (RTHK), vários deputados da
ala democrata ecoaram 'slogans' e exibiram cartazes onde exibiam os dizeres "verdadeira
democracia, não à triagem", referindo-se ao método de eleição do próximo
chefe do executivo, em 2017, mas outros mais radicais atiraram objetos,
incluindo um copo, segundo o jornal South China Morning Post.
CY
Leung criticou o facto de ele e outros membros do Governo da antiga colónia
britânica terem sido alvo de linguagem "insultuosa" e de
"comportamentos cada vez mais agressivos", afirmando que foi atingido
com objetos e que havia pedaços de vidro no chão da sala de plenário do
Conselho Legislativo (parlamento).
A
segurança retirou da sala quatro deputados da ala democrata, enquanto outros
abandonaram o local pelo seu próprio pé.
Depois
de o encontro ter sido brevemente interrompido, o presidente do LegCo, Tsang
Yok-sing, classificou as ações como "inaceitáveis", afirmando que lhe
compete assegurar que os membros do Governo são "respeitados".
Os
deputados acusados de terem atirado objetos indicaram aos jornalistas que não
foram arremessados materiais perigosos, de acordo com a RTHK, frisando que
apenas lançaram papéis.
Para
a presidente do Partido Democrático, Emily Lau, a ação dos deputados "não
tem precedentes".
Emily
Lau criticou CY Leung por falhar em responder aos resultados do recente
referendo não oficial sobre a reforma democrática em Hong Kong , o qual contou
com a participação de mais de 780 mil pessoas, ou seja, quase um quarto dos
3.470.000 eleitores de 2012.
O
incidente no parlamento ocorre depois de na terça-feira, dia 01 de julho,
centenas de milhares de pessoas terem participado na marcha anual, numa
manifestação considerada como a maior da década em Hong Kong , a qual se
seguiu também à publicação do "livro branco" de Hong Kong, em que Pequim reafirma o
seu controlo e soberania sobre o território.
DM
// ARA - Lusa
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