Pequim,
05 jul (Lusa) -- As autoridades chinesas suspenderam temporariamente a
atividade de uma fábrica da cidade de Dongguan, na província de Cantão, no sul
da China, por empregar 196 menores de idade, informou hoje a televisão estatal
CCTV.
Os
funcionários tinham menos de 16 anos -- a idade mínima na China para trabalhar
-- e alegadamente utilizaram documentos falsos para obterem trabalho na fábrica
da empresa Guang Gu, especializada em produtos de eletrónica.
Segundo
o jornal local Guangzhou Daily, os adolescentes trabalhavam mais de 11 horas
por dias e ganhavam 8,5 yuan (cerca de um euro) à hora.
Depois
de descoberta a ilegalidade, as autoridades enviaram os jovens para as suas
localidades de origem, já que a maioria era proveniente de zonas rurais das
províncias limítrofes de Hunan e Guangxi.
Um
dos gerentes da fábrica disse ao jornal que "não podia comprovar" a
autenticidade dos documentos de identificação que os menores facilitaram e
acusou as empresas de emprego locais de lhes facultarem autorizações de
residência e outros documentos falsos.
Os
grupos que defendem os direitos dos trabalhadores na China afirmam que o
trabalho infantil e juvenil é uma prática "habitual" no país e
atribuem o fenómeno à fraca vigilância e controlo das administrações locais.
FV
// FV - Lusa
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