sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Angola: LAVAGEM DE DINHEIRO COM CASOS EM TRIBUNAL




A Unidade de Informação Financeira contra Branqueamento de Capitais e Financiamento ao Terrorismo enviou para tribunal dois casos suspeitos de lavagem de dinheiro, revelou ontem, em Luanda, a directora da instituição.

Francisca de Brito disse que os suspeitos faziam diariamente em todos os bancos operações em numerário de valores superiores a 15 mil dólares e que continuam em tribunal dois processos de “abuso de dinheiros públicos e fraudes” acima de um milhão de dólares, cujos protagonistas são angolanos.

A Unidade de Informação Financeira destina-se a analisar operações suspeitas de branqueamento de vantagens de proveniência ilícita ou de financiamento ao terrorismo e à recolha a recolha centralizada de informação. 

O Executivo justificou a criação daqueles serviços com “o permanente empenho em instituir mecanismos eficazes de prevenção e repressão do branqueamento de capitais e de financiamento do terrorismo”. 

A unidade trabalha em estreita cooperação com os demais órgãos competentes do Estado nos domínios criminal, fiscal, judicial, bancário, administrativo e diplomático. A legislação contra o branqueamento de capitais e financiamento ao terrorismo proíbe a abertura de contas ou existência de cadernetas anónimas e veda às instituições de crédito o estabelecimento de relações de correspondência com “bancos de fachada”.  O diploma legal atribui à Unidade de Informação Financeira poderes e deveres, entre os quais a obrigatoriedade de comunicação pelas entidades sujeitas das operações suspeitas de consubstanciarem a prática de crime de branqueamento ou financiamento ao terrorismo. 

A lei reforça os poderes das autoridades de supervisão e fiscalização em matéria de prevenção e repressão do branqueamento de capitais, bem como os deveres de cooperação com a Unidade de Informação Financeira.

Jornal de Angola

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