Advogado
de Salgado saiu da casa do ex-administrador do BES pelas 17h30
As
diligências judiciais na casa do antigo administrador do BES Ricardo Salgado,
em Cascais, no âmbito do chamado “universo Espírito Santo”, já terminaram,
segundo o advogado Francisco Proença de Carvalho.
O
advogado de Ricardo Salgado saiu da casa do ex-administrador do Banco Espírito
Santo pelas 17:30, indicando aos jornalistas que as diligências dos
investigadores, que começaram de manhã, já tinham terminado, justificando com o
segredo de justiça o facto de não dar pormenores sobre a investigação.
Pediu
também que fosse respeitada a privacidade do seu cliente, e disse que, nesta
fase, os jornalistas sabiam sempre mais que os advogados.
A
Procuradoria-Geral da República indicou que as diligências que decorrem no
âmbito de um processo-crime “do universo Espírito Santo” têm por base suspeitas
de burla qualificada, abuso de confiança, falsificação de documentos,
branqueamento e fraude fiscal.
“Nas
investigações, relacionadas com o denominado universo Espírito Santo, estão em
causa suspeitas dos crimes de burla qualificada, abuso de confiança,
falsificação de documentos, branqueamento de capitais e fraude fiscal”, refere
uma nota da Procuradoria-Geral da República (PGR).
A
PGR adianta que, no âmbito de investigações, dirigidas pelo Ministério Público,
realizam-se durante o dia de hoje várias diligências, designadamente 34 buscas
domiciliárias, uma a um advogado e seis buscas a entidades relacionadas com o
exercício da actividade financeira.
Segundo
a PGR, participam nas buscas 14 magistrados do MP, do Departamento Central de
Investigação e acção Penal (DCIAP) e do Departamento de Investigação e acção
Penal (DIAP) de Lisboa, dois peritos do DIAP e duas centenas de elementos da
Unidade Nacional de Combate à Corrupção (UNCC) da PJ e da Autoridade Tributária
(AT), entidades que coadjuvam o MP.
Nestas
investigações, que se encontram em segredo de justiça, o Ministério Público
conta também com a colaboração do Banco de Portugal e da Comissão de Mercado de
Valores Mobiliários (CMVM), refere ainda a nota da PGR.
Após
rebentar o chamado caso BES, a PGR criou uma equipa especial para investigar as
alegadas irregularidades e os ilícitos criminais na gestão daquele banco, sendo
a equipa multidisciplinar constituída por magistrados do DCIAP, elementos da
Autoridade Tributária, da PJ e dos reguladores - CMVM e Banco de Portugal.
Jornal
i com Lusa – foto José Manuel Ribeiro/Reuters
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