O
movimento popular em Hong
Kong que paralisou as principais artérias da cidade durante
semanas chegou ao fim. Apesar das multidões que participaram no Occupy Hong
Kong a exigir democracia naquela região exclusiva da China nem o governo da
região escolhido por Pequim nem os dirigentes chineses em Pequim ouviram e
atenderam as pretensões da população de Hong Kong. Foi um processo de desgaste
enorme que atualmente está a dar os frutos pretendidos por Pequim: a
desmobilização dos manifestantes.
Por
agora o movimento suspende as suas atividades mas o certo é que em breve voltará
a unir multidões numa reivindicação
absolutamente legítima e que exige que a poderosa China conceda à região
e seus habitantes que elejam os respetivos dirigentes. Nada demais, mas um
bicho de sete cabeças para Pequim. É que atrás de Hong Kong já se mostra Macau
e outras regiões da China com exigências semelhantes. O que para Pequim e o
diretório controlador e ditatorial, o governo central, não agrada.
Pequim
continua no seu processo do quero, posso e mando. Outra postura não seria de
esperar depois de imensas décadas de ditadura. Falar em “abertura” ou em "um país,
dois sistemas", é fácil. O pior é pôr em prática tal sistema com funcionalidades
absolutamente democráticas. Mas nem por isso os que exigem democracia na China
vão desistir. A China habilita-se a ver o Occupy Hong Kong transformar-se numa
bola de neve se realmente não ponderar e ceder às pretensões legítimas das
populações. Esse é o melhor caminho para a paz e democracia.
Adeus, Occupy Hong Kong, até breve!
MM
/ PG
Polícia
começou a desalojar acampamento em Admiralty
Hong
Kong, China, 11 dez (Lusa) -- A polícia começou a intervir de forma controlada
no levantamento do acampamento de protesto em Admiralty, Hong Kong, zona
ocupada por manifestantes pró-democracia há cerca de dois meses.
Recorrendo
a megafones, os agentes apelaram reiteradamente ao movimento de protesto para
atuar com calma ou "será utilizada a força de forma razoável e serão
efetuadas detenções se necessário".
Esta
ação fica a dever-se ao facto de milhares de pessoas continuarem no local,
apesar da chegada dos oficiais de justiça que pretendem acabar com a
concentração.
Enquanto
equipas de limpeza retiram as barricadas, a polícia começou a avançar com
alguns agentes apeados e em veículos até à zona principal de protestos.
Centenas
de pessoas, entre eles ativistas políticos, permaneciam hoje na zona de
protesto pese a anunciada intenção das autoridades em desalojar Admiralty ,
a última das zonas onde subsiste um acampamento que começou a ser instalado em
finais de setembro, por ocasião do início da "revolução dos
guarda-chuvas".
Na
zona estão também dezenas de veículos policiais, alguns com canhões de água e
centenas de agentes estão equipados com material antimotim.
Vários
dos manifestantes, em número indeterminado, garantem vão permanecer no local
para ser desalojados à força, quando se cumprem 75 dias de protesto.
Estudantes
e habitantes de Hong Kong ocupam há cerca de dois meses várias artérias
centrais da cidade num protesto que visa mostrar o descontentamento popular
perante a decisão de Pequim em autorizar, em 2017, a eleição direta do
chefe do Governo, mas num ato eleitoral onde os candidatos serão previamente
aprovados pelo comité eleitoral.
Para
os manifestantes, o método aprovado não constitui o objetivo que pretendem, ou
seja, escolher livremente e sem restrições, o líder do Executivo local.
JCS
// JCS
Polícia
faz as primeiras detenções de manifestantes que se recusam a sair
Hong
Kong, China, 11 dez (Lusa) - A polícia de Hong Kong começou, pelas 16:00 (08:00
em Lisboa), a fazer as primeiras detenções entre os manifestantes que se
recusam a abandonar os locais de protesto, onde estão acampados há cerca de
dois meses.
As
autoridades tinham avisado os manifestantes pró-democracia que iriam avançar
com detenções, caso os jovens impedissem as ações de desimpedimento das ruas, o
que acabou por acontecer - os agentes formaram um cordão humano em volta do
grupo de cerca de 100 pessoas, que se mantinha sentado, e começaram a efetuar
detenções, descreve o jornal South China Morning Post.
Imagens
transmitidas pelas televisões mostraram uma jovem a ser levada para um veículo
da polícia em
Admiralty. Segundo o jornal, os agentes estão a levar os
manifestantes um a um, sem que estes ofereçam resistência.
Centenas
de pessoas permanecem na zona de protesto pese a anunciada intenção das autoridades
em desimpedir
Admiralty , a última das áreas onde subsiste um acampamento
que começou a ser instalado em finais de setembro, por ocasião do início da
"revolução dos guarda-chuvas".
O
movimento tem como objetivo mostrar o descontentamento popular perante a
decisão de Pequim em autorizar, em 2017, a eleição direta do chefe do Governo, mas
num ato eleitoral onde os candidatos serão previamente aprovados pelo comité
eleitoral.
Para
os manifestantes, o método aprovado não constitui o objetivo que pretendem, ou
seja, escolher livremente e sem restrições, o líder do Executivo local.
ISG
(JCS) // JPS
*Título PG
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