Se
alguém quiser rir um pouco com a caricatura sanzaleira do socialismo sanzaleiro
que governa a Reipública Prapular de Angola tem obrigatoriamente que ler e/ou
ouvir as paLarvas de um dos diGerentes do grupo paraLamentar da maioria, um tal
de nome Virgílio de Fontes Pereira, sobre o planeamento (sabotagem) de eleições
autárquicas em Angola.
Domingos
Kambunji – Folha 8 Diário, opinião
Osenhor
Pereira desculpa-se com várias fontes para castrar a facilitação do
desenvolvimento do poder local e regional, que é uma realidade nos países que
ocupam o topo no que se refere à qualidade de vida e desenvolvimento
socioeconómico harmonioso, sustentado e equilibrado. Estas fontes, como é o
caso do senhor Virgílio, desculpam-se com a falta de condições para a delegação
de poderes porque o Congresso do MPLA…, porque o partido…, porque o Presidente
da Reipública…, porque a Comissão Eleitoral…, porque o Poder Judicial…, porque
a Sociedade Civil…, porque a Imprensa…, porque o país teve um conflito armado…
(iniciado pelo MPLA), porque, porque e porque…
Porque
não preocuparem-se verdadeiramente com os interesses do país e dos angolanos em
vez de arrotarem “porques” para protegerem os interesses da oligarquia actual
do Reigime Feudal?
Destas
fontes, como é o caso do Virgílio Pereira, emergem argumentações fluidas muito
lodosas e obscuras, poluídas e putrefactas. Todos nós sabemos que a tal Batalha
do Kuíto-Carnaval é uma lenda e um processo contínuo que serve apenas para
concentrar ainda mais poder na divindade presidencial e esta não está
interessada em partilhar a sua (in)competência com pessoas de mais elevada
inteligência. Na governação a partilha/delegação do poder ofuscaria o papel
medíocre desempenhado pelo Dono da Nação, a quem os Fontes e as Fontes beijam a
mão.
Vamos
tentar ser objectivos. O Poder Legislativo dos paraLamentares da maioria é só
basófia, balastro, palavras ocas. Essa maioria representa um papel
exclusivamente decorativo. As pessoas com um mínimo de inteligência percebem
que quem pensa (?) e toma as decisões não são os paLamentares da maioria mas
sim os kapangas do partido, em especial a Presidência da Reipública. A
destruição desta estrutura/hierarquia do poder poderia comprometer
drasticamente os ideais cleptocráticos da Reipública Monárquica de Angola. O Poder
Legislativo não existe porque quem manda nele é o Poder Executivo, com muito
más história e imagem. Os paraLamentares da Maioria são apenas uns moços de
recados, muito narcisistas, obedientes aos caprichos e vontades do Comité
Central do Rei-Presidente.
Vários
países, governados por ditaduras, depostas depois de revoluções e/ou períodos
de guerra, ao democratizarem-se apostaram no desenvolvimento do poder local e
regional para desenvolverem um planeamento social e económico inteligente e
justo. As Fontes e os Fontes do Reigime Angola preferem apostar no inverso, na
concentração do poder numa individualidade que, como demonstra a história, é de
uma incoerência política bastante degradante, porque anda ao sabor das modas
que favorecem as forças centrípetas da corrupção.
Não
deixa de ser triste quando ouvimos o Comandante-Chefe do Reigime a sugerir aos
seus bajuladores mais próximos e aos mais afastados que desmintam as
estatísticas internacionais demonstrativas de que o país é governado por
charlatões e abusadores da boa fé, da impotência, do analfabetismo e da
ingenuidade de milhões de angolanos. Este comportamento não é novidade porque
muitos outros comandantes-chefes de ditaduras, como a angolana, pretenderam
apresentar-se como vítimas, considerando caluniosos o factos que servem para
demonstrar que eles são/foram déspotas, corruptos, incompetentes e traidores à
pátria.
A
Dinamarca, a Suécia, a Noruega, a Suíça, a Austrália, entre muitos outros
países, não pedem aos seus cidadãos para desmentirem as estatísticas que
relevam as suas boas qualidades na governação, para o bem comum, e que colocam
os governantes angolanos numa situação muito humilhante, vergonhosa, asquerosa.
O
paternalismo sanzaleiro destes fontes é um dos principais factores inibidores
da melhoria de mentalidades e do desenvolvimento e modernização do país. Angola
não só necessita de promover, com a máxima urgência, o estabelecimento de
autarquias, como também de realizar eleições nominais para os cargos de
presidente, deputados, governadores provinciais e outras autoridades
institucionais. As Fontes e os Fontes temem que alguém acabe com as “listas do
partido”. É urgente terminar esta rebaldaria da actual cleptocracia, que nada
tem de democrática e só atrapalha e sabota o futuro.
O
enorme atraso nacional depende significativamente e principalmente da tal
Batalha do Kuíto-Carnaval, iniciada em 1975 e ainda não concluída. Carnaval por
Carnaval, preferimos o brasileiro, o do Samba, não o que está a ser
propagandeado pela Semba.
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