Sydney,
Austrália, 16 dez (Lusa) -- A brasileira Márcia Mikhael, que foi um dos reféns
libertados na ação policial durante o sequestro que ocorreu num café em Sydney,
na segunda-feira, está bem e em segurança, afirmaram hoje os seus familiares.
De
acordo com o sítio eletrónico de notícias G1, as primas da brasileira, Adibe
George Khuri e Cláudia Marone, informaram que a instrutora de ginástica está
bem, depois do sequestro no Lindt Chocolat Cafe, em Martin Place , em
Sydney, na Austrália.
"O
irmão dela disse que está tudo bem. Foi um grande susto, mas ela está bem,
graças a Deus", afirmou Adibe George Khuri.
Uma
sobrinha de Márcia também afirmou, numa mensagem no Facebook, que a tia está
bem e em segurança, agradecendo as orações feitas pela brasileira, que é
instrutora de ginástica e mora há 20 anos na Austrália.
Imagens
das televisões mostraram a brasileira, natural de Goiânia (estado de Goiás,
centro-oeste do Brasil), saindo da cafetaria carregada por paramédicos com o pé
esquerdo a sangrar.
A
família diz acreditar não ser grave, mas não sabe o motivo do ferimento e
referiu que Márcia foi levada imediatamente após a sua libertação para um
hospital.
Segundo
o Jornal da Globo, na noite de segunda-feira, o Ministério das Relações
Exteriores brasileiro confirmou que representantes do consulado-geral do país
em Sydney receberam informações oficiais da polícia australiana de que Márcia
está bem e foi levada para um hospital para passar por uma cirurgia para
remover estilhaços dos pés.
Porém,
os funcionários do consulado não tiveram autorização para visitar Márcia e nem
foram informados para qual hospital foi enviada. Souberam apenas que a
brasileira está a ser acompanhada do marido.
O
primeiro-ministro australiano, Tony Abbott, qualificou hoje como
"terrorismo" o sequestro, que terminou com três mortos, mas ressalvou
que seria errado relacioná-lo com grupos extremistas.
Em
conferência de imprensa, Abbott disse que o sequestrador, identificado como Man
Haron Monis, é "um doente mental com um longo historial de crimes" e
criticou as referências ao grupo jihadista Estado Islâmico (EI) no caso do
sequestro.
Katrina
Dawson, uma advogada de 38 anos e mãe de três crianças, e Tori Johnson, gerente
do estabelecimento, de 34 anos, morreram após terem sido feitos reféns, com
outras 15 pessoas, por um homem armado no Lindt Chocolate Cafe, alegadamente abatido
pelas autoridades, que intervieram ao fim de quase 17 horas.
Cinco
reféns e um agente ficaram feridos, três dos quais na sequência de disparos.
O
primeiro-ministro australiano elogiou ainda a coragem de "pessoas decentes
e inocentes" feitas reféns durante "a fantasia doente de um indivíduo
profundamente perturbado".
Milhares
de pessoas depositaram hoje ramos de flores no pavimento da zona pedonal de
Martin Place, em Sydney, prestando homenagem as vítimas que morreram durante o
sequestro.
CSR
// VM
Na
foto: Marcia Mikhael é retirada por equipes de segurança de café em Sydney,
Austrália
Sem comentários:
Enviar um comentário