Hong
Kong, China, 11 dez (Lusa) -- A presidente do Partido Democrático, Emily Lau,
disse que hoje é um dia triste para os residentes de Hong Kong que lutam há décadas
pela democracia, com o despejo dos manifestantes pró-democracia pela polícia.
A
deputada Emily Lau foi um dos rostos da ala pró-democrata presentes esta manhã
no local epicentro dos protestos, junto da sede do governo, em Admiralty, de
acordo com a Rádio e Televisão Pública de Hong Kong (RTHK).
"Sabemos
que a polícia está a vir. É por isso que estamos aqui, para mostrar que estamos
determinados a recorrer à desobediência civil para lutar pela verdadeira
democracia", afirmou.
Também
presente no local, o líder do Partido Cívico, Alan Leong, expressou sentimentos
contraditórios.
"Penso
que não fizemos o suficiente para deixar um sistema eleitoral justo às futuras
gerações de Hong Kong", afirmou, ressalvando estar "orgulhoso por ver
tantos jovens capazes de sair à rua e tomar a liderança".
Pelo
menos seis manifestantes foram hoje detidos pela polícia de Hong Kong durante a
ação de despejo dos protestos pró-democracia, escreveu a agência Efe.
Os
agentes detiveram os manifestantes depois de estes se terem negado a abandonar
o local. Apesar de se terem recusado a sair, os detidos não ofereceram
resistência à sua detenção.
A
ação policial, conduzida por centenas de agentes, levou os manifestantes a
concentrarem-se numa pequena zona da Hartcourt Road, rua onde estava
concentrada a maioria das tendas de campanha do movimento democrático.
Alguns
dos detidos foram levados por grupos de quatro polícias, enquanto outros saíram
pelo próprio pé. Enquanto era realizadas as detenções, os ativistas que
permaneciam no local gritava "nós somos pacíficos", "não temos
medo", "desobediência civil" e "democracia já".
Ativistas
iniciaram a ocupação das ruas de Hong Kong a 28 de setembro para exigir
eleições totalmente livres para a liderança da Região Administrativa Especial
chinesa.
A
China insiste que os candidatos às eleições para o chefe do Executivo, em 2017,
devem ser pré-selecionados por um comité eleitoral, condição rejeitada pelos
manifestantes, na sua maioria estudantes.
FV
// APN
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