“Os
Estados Unidos possuem uma taxa de mobilidade social menor do que a Inglaterra
medieval”, afirmou economista da Califórnia – e as chances de isso mudar nas
próximas décadas é incrivelmente baixa
Revista
Forum, com informações de Alternet
Um
professor de Economia da Universidade da Califórnia afirma ter estudado todos
os números e a conclusão é uma só: o “sonho americano” foi sempre uma
ilusão.
Em entrevista,
Gregory Clark disse que a mobilidade entre classes sociais no país diminuiu
significativamente nos últimos 100 anos: “Os EUA possuem uma taxa de mobilidade
social menor que a Inglaterra medieval ou a Suécia pré-industrial”. Vale
salientar que este último, conforme o economista do momento, Thomas
Piketty, disse recentemente
à Fórum, era uma das sociedades mais desiguais do mundo e hoje é um
país-modelo. “Essa é a parte mais difícil quando se fala em mobilidade social,
pois está despedaçando o sonho de pessoas”, continuou Clark.
“O
status de seus filhos, netos, bisnetos e tataranetos será bem próximo ao seu
status atual”, disse o professor, confirmando também que muitos de seus
estudantes discordam dele – principalmente pelo fato de a Califórnia ter uma
presença latina extremamente alta: “Meus alunos sempre discutem comigo, mas eu
acho que a coisa que eles acham bem difícil de aceitar é a ideia de que grande
parte de suas vidas podem ser projetadas por conta de sua linhagem e de seus ancestrais”.
Segundo a
pesquisa de Clark, dois entre cinco imigrantes nos EUA vieram do México e da
América Central e constituem 22% de todas as crianças no país. Até 2050, o
número será de 39%, mas que o status social, até mesmo para aqueles que
nasceram em solo norte-americano, é persistentemente baixo – e pouco
mudará nos anos vindouros. O estudo de Clark foi publicado pelo Conselho de
Relações Exteriores e pode ser lido (em inglês) aqui.
*Leia
também mais 10
fatos sobre por que o “sonho americano”, de fato, morreu.
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