Pequim,
09 jan (Lusa) - Mais de 70 executivos de empresas estatais chinesas, um quarto
dos quais do setor da energia e recursos minerais, foram "colocados sob
investigação" em 2014 por suspeita de corrupção, anunciou hoje a imprensa
oficial.
Segundo
os dados compilados pela edição online do Diário do Povo, órgão central do
Partido Comunista Chinês, aquele setor revelou-se o mais vulnerável à
corrupção, seguido das finanças, media e telecomunicações.
O
portal do Diário do Povo destaca o caso de Song Lin, antigo presidente e líder
da organização do PCC no consórcio China Resources Power Holdings Co, que em
2012 chegou a integrar a lista dos "50 mais influentes líderes
empresariais" elaborada pela revista Fortune.
Além
de Song Lin, foram afastados mais sete executivos daquele consórcio.
Na
China National Petroleum Corporation, o maior produtor de petróleo da China e
uma das maiores empresas do mundo, o próprio chefe da comissão interna de
disciplina foi considerado suspeito de corrupção, juntamente com dois outros
executivos.
A
Televisão Central da China (CCTV) foi também muito atingida pela campanha
anticorrupção em curso no país.
Oito
produtores e apresentadores do departamento de notícias económicas da estação e
nove responsáveis de outros meios de comunicação foram presos o ano passado,
indicou a mesma fonte.
Um
chefe do canal financeiro da CCTV foi acusado de ter recebido subornos no valor
de 2.000 milhões de yuan (cerca de 274 milhões de euros) ao longo de oito anos,
disse a edição online do Diário do Povo.
A
campanha anticorrupção lançada após a ascensão ao poder do presidente Xi
Jinping, há dois anos, é considerada a mais drástica das últimas décadas,
incidindo sobre muitos e diversos setores, das Forças Armadas às universidades.
Dezenas
de quadros com a categoria de vice-ministro ou superior, entre os quais o
ex-chefe da Segurança Zhou Yongkang e um antigo vice-presidente da Comissão
Militar Central, foram já presos.
AC
// JCS
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