sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

Chancelaria russa volta a chamar a atenção para o neonazismo na Ucrânia




Os países ocidentais não estão conscientes da disseminação do neonazismo na Ucrânia porque Kiev não permite que os jornalistas revelem toda a extensão do problema, segundo afirmou nesta sexta-feira a vice-diretora do Departamento de Informação e Imprensa do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova.

Em sua página do Facebook, a diplomata comentou o incidente que aconteceu ontem durante uma marcha na capital ucraniana, Kiev, quando dois jornalistas russos do canal LifeNews que cobriam o evento foram atacados, e disse tratar-se de "um círculo vicioso”.

Segundo Zakharova, “Kiev bloqueia o trabalho dos jornalistas russos que estão tentando chamar a atenção para as manifestações de neonazismo [na Ucrânia], e o Ocidente (tanto as lideranças quanto o público) não vê essas manifestações nem as violações da liberdade de expressão”.

Ainda de acordo com a porta-voz, o Ocidente afirma regularmente que a Rússia exagera a ameaça neonazista presente na Ucrânia, mas apenas na medida em que "os canais ocidentais não mostram marchas com tochas no centro de Kiev e não informam sobre fatos reais da biografia de Stepan Bandera".

Centenas de pessoas marcharam ontem pelas ruas da capital ucraniana, carregando tochas para celebrar o aniversário do nacionalista ucraniano que viveu na primeira metade do século XX e que, com a ajuda inicial da Alemanha, trabalhou para estabelecer um Estado ucraniano unificado que seria habitado exclusivamente por ucranianos étnicos.

Em 2010, o então presidente da Ucrânia Viktor Yuschenko condecorou Bandera com o título póstumo de Herói da Ucrânia, mas a honraria foi condenada pelo Parlamento Europeu, bem como por organizações russas, polonesas e judaicas, até ser declarada ilegal e oficialmente anulada no ano seguinte.

Voz da Rússia

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