Díli,
21 jan (Lusa) - Um dos principais empresários timorenses considerou hoje que
nos últimos anos se deslocaram a Timor-Leste, onde "têm portas
abertas", vários empresários portugueses, com promessas de projetos e
investimento que nunca se concretizaram.
"Infelizmente
fiz muitos contactos com empresários portugueses que vieram até cá, só queriam
encontrar-se com o primeiro-ministro e depois não avançaram em nada",
disse à Lusa Jorge Serrano.
"Vieram
dezenas de empresas, muitas conhecidas. Mas até hoje nenhum projeto
avançou", disse.
Apesar
disso Serrano considera que este é um mercado com vantagens e oportunidades
para os investidores e empresários portugueses.
"O
povo timorense, os empresários timorenses, sentem-se mais confortáveis a
trabalhar com empresários portugueses. Qualquer português que chega aqui tem a
porta aberta e acesso prioritário. Mas têm que trazer projetos sérios. E
avançar com as ideias", disse.
Serrano
destaca que uma das avenidas é apostar em consórcios com empresários timorenses
dando como exemplo de êxito do consórcio com a empresa portuguesa ARM-APPRIZE
para a criação do Sistema Nacional de Cadastro.
"É
um projeto estruturante, essencial até para o futuro da lei da terra e
propriedade e, assim, para resolver questões como as garantias para o crédito
bancário", disse.
"O
projeto está a correr muito bem. Estamos a avançar e ultrapassámos os
objetivos. Estamos a avançar nos distritos e creio que até ao final do primeiro
semestre estaremos em todo o país", disse.
Admitindo
que custa "bastante a arrancar o projeto", Serrano destaca a aposta
do Governo e a mais-valia de aliar know-how estrangeiro com parceiros
timorenses.
"Os
consórcios são essenciais. Os de fora chegam com know-how. O nosso problema são
os recursos financeiros mas (sobretudo) os recursos humanos. Projetos desta
natureza e outros de outros consórcios são por isso muito positivos",
disse.
ASP
// FV
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