As
últimas projeções nas eleições na Grécia confirmam a maioria da coligação de
extrema esquerda do Syriza, com 36% a 38% dos votos à frente da Nova Democracia
que obtém 26% a 28% dos votos.
Com
um quarto dos votos contados, o Syriza de Alexis Tsipras, o jovem líder de 40
anos, obtinha 35,4% dos votos e estava à beira de eleger os 151 deputados
necessários para deter a maioria absoluta no Parlamento.
Tsipras deveria ter-se dirigido ao país pelas 18h30 mas atrasou o seu discurso, enquanto não tinha a certeza se obtinha ou não a maioria absoluta.
Tsipras deveria ter-se dirigido ao país pelas 18h30 mas atrasou o seu discurso, enquanto não tinha a certeza se obtinha ou não a maioria absoluta.
Alguns
analistas antecipavam que a maioria absoluta do Syriza estaria dependente da entrada
ou não no Parlamento do novo partido de centro-esquerda do ex-primeiro ministro
George Papandreous.
O "Movimento Socialista Democrático" estava com 2,2% a 2,3% dos votos e necessitaria de 3% para poder entrar no Parlamento.
O "Movimento Socialista Democrático" estava com 2,2% a 2,3% dos votos e necessitaria de 3% para poder entrar no Parlamento.
O
segundo partido mais votado, o Nova Democracia, conservador do
primeiro-ministro cessante Antonis Samaras, já reconheceu a derrota. Tinha 29%
dos votos, quando estava contado um quarto dos boletins e o segundo lugar nas
eleições legislativas.
O terceiro lugar foi disputado pela extrema direita do Aurora Dourada e dos centristas do To Potami, mas os extremistas acabaram por consegui-la obtendo 6,3% dos votos, com um quarto dos votos contados.
Em quarto lugar, as projeções davam aos comunistas gregos 5% a 6% dos votos, enquanto os socialistas do Pasok irão registar um dos piores resultados de sempre com o sexto lugar e 4,2% a 5,2% dos votos.
A liderança do Pasok já convocou uma reunião de emergência, para avaliar as consequências das eleições.
O terceiro lugar foi disputado pela extrema direita do Aurora Dourada e dos centristas do To Potami, mas os extremistas acabaram por consegui-la obtendo 6,3% dos votos, com um quarto dos votos contados.
Em quarto lugar, as projeções davam aos comunistas gregos 5% a 6% dos votos, enquanto os socialistas do Pasok irão registar um dos piores resultados de sempre com o sexto lugar e 4,2% a 5,2% dos votos.
A liderança do Pasok já convocou uma reunião de emergência, para avaliar as consequências das eleições.
Aviso alemão
Logo após o anúncio da vitória do Syriza o euro caiu para mínimos históricos que quase alcançaram os valores da semana passada face ao dólar. Ao fim da tarde de domingo estava a valer 1,1117 dólares.
O presidente do Banco Central alemão já veio dizer que a Grécia "terá de cumprir compromissos" num aparente aviso aos novos senhores do poder na Grécia, eleitos hoje precisamente com a promessa de conseguir da Europa a renegocição do pagamento da sua dívida.
A nível internacional, o líder do espanhol Podemos, assumiu a vitória do Syriza como um aviso ao Governo do PP de Mariano Rajoy, recomendando-lhe que oiça a mensagem: "Tic tac tic tac", disse Pablo Iglesias.
Já
a líder da extrema direita francesa, Marine Le Pen, afirmou-se radiante com a
vitória do Syriza, mas a coligação já veio recusar este apoio.
O presidente do grupo dos socialistas europeus ao Parlamento Europeu diz que eleições gregas "abrem caminho a uma larga coligação progressista", que os socialistas estão dispostos a apoiar.
O presidente do grupo dos socialistas europeus ao Parlamento Europeu diz que eleições gregas "abrem caminho a uma larga coligação progressista", que os socialistas estão dispostos a apoiar.
Vitória que "recupera a esperança"
Em Portugal, o líder socialista António Costa afirma que os resultados eleiTorais na Grécia "obrigam a Europa a refletir" e que "a democracia resiste na Europa".
Já
o PCP considera que esta eleição é " rejeição da política imposta pelos
sucessivos programas de ajustamento".
O
Bloco de esquerda saudou a vitória do partido "irmão" Syriza com uma
vitória "que recupera a esperança".
Catarina
Martins diz que "está na hora de mudar de vida, de criar emprego, de
respeitar as pessoas", apelando ao fim dos programas de austeridade.
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