sábado, 28 de fevereiro de 2015

TEM A PALAVRA A RAINHA SANTA ISABEL QUE NÃO VIVE A CRISE ECONÓMICA




ELA QUER O BFA ANGOLA OU O BPI PORTUGAL

Folha 8 digital (ao) – 28 fevereiro 2015

Ao que tudo indicia, a se­guradora ale­mã deverá manter-se porque, desde logo, utiliza os balcões do BPI para comer­cializa os seus seguros, o mesmo devendo acontecer com Isabel dos Santos, dada a sua importante presença accionista no BFA, banco dominado exactamente pelo BPI e que, aliás, é o seu principal pilar em matéria de lucros. A isso acresce a informação dada pelo pro­ponente da OPA e que diz que a presença em Angola no BFA é para continuar.

O CaixaBank anunciou que a OPA está condicionada à eliminação do limite de 20% dos direitos de voto no quarto maior banco portu­guês e a que o banco catalão supere os 50% do capital. Segundo o anúncio prelimi­nar de lançamento da OPA, “a eficácia da oferta ficará condicionada à eliminação da limitação à contagem de votos em Assembleia Ge­ral prevista” (de 20%), “de forma a que não subsista qualquer limite à contagem dos votos emitidos por um só accionista”. E além des­ta condição, o documento estabelece uma outra: a de que o banco catalão seja titular de acções represen­tativas de mais de 50% do capital social do BPI, após a liquidação da oferta.

Num outro comunicado, o CaixaBank explica ainda que para a supressão do li­mite relativo aos direitos de voto “é necessário o voto favorável de 75% do capital representado” na assem­bleia-geral de accionistas do BPI que se convocará para o efeito, no qual o banco espanhol apenas po­derá votar por 20%.

Aquele que é o maior ac­cionista do BPI sublinha que considera “fundamen­tal que a sua capacidade de voto no BPI seja propor­cional à sua participação económica”. De acordo com n.º 4 do artigo 12.º dos estatutos do BPI, não são contados os votos emiti­dos por um só accionista, em nome próprio e tam­bém como representante de outro ou outros, que ex­cedam 20% da totalidade dos votos corresponden­tes ao capital social. Uma situação que pode no en­tanto ser alterada, segundo prevê o n.º 2 do artigo 30.º dos estatutos, desde que tal seja aprovado por 75% dos votos expressos.  O pre­sidente executivo do Cai­xaBank, Gonzalo Gortázar, disse que os accionistas do BPI têm duas decisões a to­mar: “a primeira é se levan­tam ou não a limitação aos direitos de voto e a segunda é se mantêm ou vendem a posição deles”.

“Cada um deles tem de tomar a sua decisão e não posso antecipar qual a de­cisão que vão tomar”, disse Gonzalo Gortázar, quando questionado sobre se já ti­nha abordado a OPA com os accionistas do BPI.

O banco catalão conta com quatro membros no Con­selho de Administração do banco português, seguin­do-se Isabel dos Santos, através da Santoro, com 18,6%, e o Grupo Allianz, com 8,4%.

O banco espanhol estima que a oferta “se completará durante o segundo trimes­tre de 2015″.



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