Hong
Kong, China, 17 mar (Lusa) - Ativistas protestaram hoje em Hong Kong contra a morte
de uma empregada doméstica indonésia que foi esmagada por uma placa de cimento,
numa altura em que se intensificam as preocupações com as trabalhadoras
domésticas do território.
A
polícia já abriu uma investigação criminal ao que indica ser um caso de
homicídio contra Elis Kurniasih, de 33 anos, atingida por uma placa de cimento
que caiu de um andar superior na casa da agência de trabalho onde estava
alojada.
Elis
Kurniasih foi atingida quando estava na varanda durante a madrugada da passada
quarta-feira e morreu na segunda-feira à noite, depois de não resistir aos
ferimentos.
Um
grupo de manifestantes juntou-se à porta do edifício onde a agência aloja as
trabalhadoras para protestar contra o que dizem ser as "terríveis
condições de vida" das empregadas domésticas que ali vivem.
O
caso de Elis Kurniasih surge depois do de Erwiana Sulistyaningsih, outra
empregada indonésia que foi violentamente maltratada pela sua empregadora, que
acabou por ser condenada a seis anos de prisão.
Para
os ativistas, a morte de Kurniasih foi causada pelas más condições do
alojamento, onde mais de 20 mulheres dormem no chão.
De
acordo com a AFP, os relatos dividem-se sobre o motivo por que a indonésia, uma
viúva mãe de dois filhos, estava na varanda na altura do acidente - uns dizem
que estava a dormir, outros que rezava.
"A
Elis morreu porque eles acham que somos escravos em Hong Kong ", disse
Eni Lestari, porta-voz do Grupo Coordenador dos Migrantes Asiáticos.
"As
pessoas pagam muito dinheiro a estas agências e vejam só como tratam as
indonésias", lamentou.
Foi
lançada uma campanha para angariação de fundos para a família de Kurniasih e já
foi agendado outro protesto para domingo em frente ao Consulado da Indonésia em Hong Kong.
Cerca
de 30.000 empregadas domésticas trabalham em Hong Kong , a maioria
vindas da Indonésia e das Filipinas.
ISG
// VM
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