Díli,
12 mar (Lusa) - O Estado timorense registou em 2014 um excedente de 927,3
milhões de dólares, incluindo as receitas petrolíferas, o que demonstra,
segundo o boletim fiscal trimestral hoje divulgado, que "o governo pode
sustentar o seu nível atual de operações".
O
total de receitas em 2014, revela o boletim, ascendeu a 2.326,9 milhões de
dólares, dos quais 2.142,6 milhões correspondem a receitas de petróleo e 184,3
milhões a receitas não petrolíferas.
Em
2014, os gastos públicos foram de 1.399,7 milhões de dólares, dos quais 934,1
milhões em despesa corrente e 465,5 milhões em despesas de capital.
Os
dados são ligeiramente diferentes dos contidos no balanço fiscal estatístico
trimestral, divulgado na terça-feira também pelo Ministério das Finanças, que
referia que no ano passado os gastos totais foram de 1,37 mil milhões de
dólares e as receitas não petrolíferas de 187,28 milhões.
Isso
implica que no ano passado as receitas não petrolíferas só pagaram cerca de 13%
do gasto público de Timor-Leste.
De
referir que as receitas do Fundo Petrolífero incluem receitas brutas (impostos,
royalties e petróleo de segunda tranche) e também rendimentos do investimento
(dividendos, juros).
Os
dados indicam que o Estado realizou um investimento líquido em ativos
financeiros no valor de 1.394 milhões de dólares, usando para isso o excedente
de 927,3 milhões, empréstimos de 15,7 milhões e um saldo de caixa de 451,1
milhões de dólares.
Segundo
este boletim a taxa de execução orçamental foi de 92,2%, ou seja 1.383,1 dos
1.500 milhões orçamentados.
As
receitas não petrolíferas ficaram acima do orçamentado - 184,3 contra 166,1
milhões orçamentados - e as receitas petrolíferas ficaram abaixo do previsto
(89,9%) ou 1.198,8 dos 1.333,9 milhões orçamentados.
Nas
receitas não petrolíferas a maior fatia (72 milhões de dólares) correspondeu a
imposto sobre rendimento, cujo valor total ficou acima do previsto (estava
orçamentado uma previsão de apenas 45,1 milhões de dólares).
ASP
// JPS
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