O
fundador do Partido Socialista Alfredo Barroso garantiu à agência Lusa que vai
enviar hoje um e-mail ao partido a pedir a sua desfiliação partidária.
Em
declarações à Lusa, Alfredo Barroso explicou que o e-mail será uma
"mensagem muito simples", sem "justificações ou
considerandos".
"Solicito
a minha desfiliação do Partido Socialista com efeitos imediatos", será a
mensagem que Alfredo Barroso disse que ará mandar ainda hoje.
Alfredo
Barroso decidiu pedir a desfiliação deste partido alegando estar
"envergonhado" com declarações recentes do secretário-geral
socialista, António Costa, que acusa de ter prestado "vassalagem à
China".
Na
nota, publicada a 26 de fevereiro passado e intitulada ‘Depois da ignóbil
'chinesice' de Costa demito-me do PS, e é já’, Barroso salienta que, aos 70
anos, quer "acabar a vida com alguma dignidade e coerência", situação
que considera não ser "manifestamente possível" se continuar "a
militar" no PS.
"Não
podia continuar num partido estando constantemente a criticar a sua linha de
atuação", começou por disser à Lusa, garantindo que desde há alguns anos
que se tem contido na tomada da decisão de se desfiliar, mas que agora a
"gota de água que fez transbordar o copo" foram as declarações do
atual secretário-geral do partido.
Entretanto,
António Costa, já lamentou a decisão de Alfredo Barroso de se demitir do PS,
adiantando que procurará pessoalmente esclarecer o fundador do partido sobre a
correta interpretação da sua intervenção perante a comunidade chinesa.
Esta
posição foi transmitida recentemente à agência Lusa por António Costa, depois
de Alfredo Barroso, antigo chefe da Casa Civil do Presidente da República Mário
Soares, de quem também é familiar, ter anunciado a sua demissão do PS.
Lusa,
em notícias ao Minuto
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