Uma
pequena sondagem feita à entrada dos delegados da FIFA para o congresso desta
sexta-feira que elegerá o próximo presidente dá vantagem a Joseph Blatter. As
eleições acontecem no meio do maior escândalo de corrupção que jamais atingiu a
poderosa organização que tutela o futebol mundial.
Isabel
Leiria - Expresso
Os resultados
só deverão ser conhecidos a meio da tarde desta sexta-feira, mas na contagem de
espingardas e na pequena sondagem que a Associated Press fez à beira do início
do congresso que irá eleger o próximo presidente da FIFA, Joseph Blatter parte
com vantagem.
Nem
o maior escândalo de corrupção que a poderosa organização de futebol jamais
atravessou, nem as vozes que nos últimos dias pediram a saída de Blatter
parecem travar a reeleição do suíço, de 79 anos, à frente da federação há
17.
A
candidatura de Ali bin al-Hussein, o príncipe jordano e vice-presidente da FIFA
que o tenta derrotar, ganhou novo fòlego esta semana. Mas os votos de
apoio já anunciados, designadamente da maioria das associações integradas na
UEFA de Michel Platini, poderão não ser suficientes.
A
eleição poderá mesmo ficar decidida logo à primeira volta. Para isso, a
candidatura de Blatter terá de reunir dois terços dos votos expressos pelas
associações de futebol presentes no congresso de Zurique.
Ao
todo, esta espécie de assembleia eleitoral é composta por 209 membros, ou seja,
o suíço necessitaria de 139 votos para vencer à primeira e exercer o seu quinto
mandato. Para já sabe que conta com o apoio declarado de todas ou da maioria
das associações pertencentes às confederações africana (54 votos), asiática (46
votos), sul-americana (10 votos), e da Oceânia (11 votos).
A
Confederação da América do Norte, Central e Caraíbas (35 votos), que chegou a
ser presidida por Jack Warner, um dos sete altos dirigentes da FIFA, incluindo
dois vice-presidentes, detidos esta semana pelas autoridades suíças, estará
mais dividida, contabiliza o The Guardian.
Ao
lado do príncipe jordano está a UEFA - Platini revelou esta quinta-feira que
chegou a pedir a Blatter que se demitisse -, com 53 votos e outras associações
que poderão também optar pela mudança. A votação é secreta.
Uma
associação, um voto
Ou seja, é bem possível que as eleições para a presidência da FIFA só sejam decididas numa segunda volta. E aí, vencerá simplesmente quem tiver mais votos. Sendo certo que todos contam o mesmo, num mecanismo que tem sido apontado pelos mais críticos com injusto no mínimo.
Montserrat,
um território britânico nas Caraíbas com apenas 4900 habitantes tem o mesmo
peso na votação do que a Índia, com os seis 1,2 milhões de habitantes, lembra a
BBC.
Nas
últimas eleições, em 2011, Joseph Blatter, que já então enfrentava suspeitas de
corrupção e prometia mudanças no rumo da organização recolheu 186 votos, num
máximo possível de 203.
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