David
Cameron está em périplo por quatro capitais europeias dando início à definição
dos termos de renegociação das condições de permanência do Reino Unido na UE.
Cristina
Peres – Expresso
O
Governo britânico publica esta quinta-feira a legislação necessária para abrir
caminho à realização do referendo relativo à permanência do Reino Unido na
União Europeia, previsto para 2017.
"Deve
o Reino Unido permanecer membro da União Europeia?" é a formulação da
pergunta que constará no boletim de voto, segundo a edição desta quinta-feira do "Economist Espresso",
o que, como comenta a publicação digital, favorecerá a campanha a favor do
"Sim".
Mesmo
assim, a questão deste corpo legislativo é levantada apenas um dia após o
reinício das sessões parlamentares pós- eleitoral, o que pressupõe o grau de
pressão que o primeiro-ministro, David Cameron, está a ter por parte dos
eurocéticos. A prontidão com que está a tratar do assunto permitir-lhe-á
garantir a sua determinação ao renegociar os termos em que o Reino Unido
permanecerá como Estado-membro da EU. Será esta a matéria que será
posteriormente posta à prova do sufrágio universal.
Entretanto,
o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico declarou esta quinta-feira
acreditar que os britânicos votarão na saída do país da União, cita o diário "The Guardian". A não
ser que a União Europeia aceite "um pacote substancial de reformas" a
exigir por Cameron, o Reino Unido votará a sua saída, sustentou Philip Hammond.
Enquanto
David Cameron partiu em périplo de dois dias por quatro capitais europeias
para angariar apoio de outros Estados-membros, Hammond afirma que o
primeiro-ministro gostaria de manter em aberto a possibilidade de antecipar o
referendo para 2016, de acordo com o que foi ventilado após a maioria
conservadora alcançada nas eleições de 7 de maio. Razão para tal seria as
negociações poderem ficar concluídas até ao final do próximo inverno.
A
publicação nesta quinta-feira da legislação para o referendo diz que ele
terá de estar realizado em 31 de dezembro de 2017, o que permitiria dar
início à campanha primavera de 2016, contando com a realização do referendo no
verão ou no outono, informa o mesmo jornal.
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