terça-feira, 26 de maio de 2015

Há futuro para Timor-Leste e para Portugal em Timor-Leste, diz eurodeputada Ana Gomes




Díli, 26 mai (Lusa) - A eurodeputada portuguesa Ana Gomes considerou hoje que Timor-Leste é um país com uma "atividade económica frenética", amplas oportunidades de investimento, ainda que com alguns riscos, antecipando um bom futuro para o relacionamento com Portugal.

"Já não vinha a timor há dois anos e cada vez que venho noto diferenças. E nestes dois anos, a diferença é talvez mais evidente do que nunca. Dili, não pude sair da capital desta vez, denota um esforço de construção, uma atividade económica frenética, com investimento nas capacidades. Sempre pensei que Timor era viável e saio daqui claramente reforçada nessa convicção de que o entendimento politica, a relativa acalmia politica atual é positiva para os saltos que esta a dar no sentido do progresso", disse à agência Lusa no final de uma visita de três dias à capital timorense.

Ana Gomes, que chegou sábado a Timor-Leste, encontrou-se com vários responsáveis timorenses, incluindo o chefe de Estado, Taur Matan Ruak, o primeiro-ministro, Rui Maria de Araújo e o seu antecessor, Xanana Gusmão.

A eurodeputada esteve ainda reunida com o ministro Coordenador da Justiça, Dionisio Babo, com o ministro de Estado e da Presidência do Conselho de Ministros, Agio Pereira e com os advogados do cidadão timorense, não tendo conseguido reunir-se com o procurador-geral.

Ana Gomes considerou que a aposta no ensino do português é essencial, destacando, por exemplo, que muitas das dificuldades de setores como o da justiça têm a ver com o deficiente domínio do português.

"Tudo o que possamos fazer na área da capacitação e formação é muito positivo. Muito passa pela língua. É uma questão central. Portugal está a fazer muito, mas pode fazer muito mais, além de outros aspetos de formação técnica", destacou.

Sobre Timor-Leste Ana Gomes destacou as "oportunidades económicas" que "comportam riscos designadamente a corrupção", mas que são "verdadeiramente extraordinárias.

"Vejo o país a fervilhar de jovens, empresários, empreendedores, consultores e juristas portugueses. Há futuro para Timor e para Portugal em Timor, se houver bom senso na forma de gerir os problemas que vão surgindo", considerou.

ASP // ARA

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