Jerónimo
de Sousa realça que a renegociação da dívida pública “é um processo que tem que
envolver o Estado português” e que não é unilateral, mas sim feito com os
credores.
O
PCP propõe no seu programa a renegociação da dívida pública com credores, num
montante nunca inferior a 50%. Foi na ‘Grande Entrevista’, na RTP Informação,
que o líder do PCP falou sobre a perspetiva do seu partido sobre esta questão.
“Os
credores têm direitos mas nós, como devedores, também temos, designadamente o
crescimento e desenvolvimento económico, de que precisamos como ‘pão para a
boca’”, disse Jerónimo de Sousa, acrescentando que para o conseguir não se pode
ignorar os condicionamentos impostos pelo serviço de dívida.
Na
perspetiva de Jerónimo de Sousa, ainda que a questão não seja abordada noutros
setores, “mais tarde ou mais cedo a renegociação terá de ser feita” e Portugal
não pode simplesmente ficar “à espera de boas vontades de credores”, considera.
Ainda
sobre como o crescimento contribuirá para o pagamento da dívida pública, o
secretário-geral do PCP realçou que “quanto mais produzirmos, menos devemos”,
daí que a prioridade deva ser com a melhoria do “tecido produtivo”.
Jerónimo
de Sousa deixou ainda críticas à maioria mas também ao PS, dizendo que atiram o
“problema para debaixo do tapete”, apresentado medidas de cariz macroeconómico
“fugindo a este bloqueio que precisa de ser resolvido”.
O
líder do PCP diz ainda que a renegociação da dívida deve ser feita enquanto o
país pode cumprir com os compromissos “e não quando estiver de rastos”.
Pedro Filipe Pina – Notícias
ao Minuto
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