terça-feira, 28 de julho de 2015

Angola. MÃOS LIVRES DIZ QUE “KALUPETEKAS” CONTINUAM A SER




Organização acusa as autoridades de estarem a promover uma acção coordenada para que os fiéis não se reorganizem.

Segundo aquela associação de activistas e advogados, as novas prisões efectuadas em Julho – apontando casos no Huambo, Bié, Huila e Benguela – decorrem da “deliberação dos órgãos superiores da Polícia Nacional e da Procuradoria Geral da República [PGR]”, mas “fora” do âmbito do flagrante delito.

Esta posição surge depois de advogados da Mãos Livres terem realizado visitas de campo em várias províncias, com o objectivo de reconhecer as condições dos fiéis daquela seita, tendo concluído, além da detenção de novas dezenas destes elementos, também casos de casas de seguidores destruídas, torturas, buscas policiais não autorizadas e outras alegadas violações dos direitos humanos.

“As autoridades prisionais têm impedido que os advogados e membros da Mãos Livres tenham contacto com os presos, e, desta forma, não se conheça o número real de cidadãos nas cadeias por razões religiosas. Todavia, dos números que nos chegam, podemos afirmar que mais de uma centena de fiéis da igreja ‘A luz do mundo’ encontram-se encarcerados”, escreve a associação.

A Mãos Livres defende que é necessário que a PGR “se pronuncie de forma clara quanto às prisões ilegais”, que diz serem “realizadas por perseguição religiosa”, apelando à comunidade internacional “para que se empenhe na proteção” destes seguidores, “vítimas de perseguição religiosa”.

No acampamento em que aconteceram os incidentes de Abril, no monte Sume (Huambo), estariam concentrados milhares de seguidores.

Lusa, em Rede Angola

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