Presidente
francês faz visita de Estado a Angola. Depois de ter defendido um acordo com a
Grécia antes do referendo, Hollande recua, alinha-se com a posição alemã e
chega a Luanda para reforçar parceria política e económica com o regime
angolano
Daniel
Ribeiro, correspondente em França - Expresso
visitas
de Estado do Presidente François Hollande a três estados africanos, iniciadas
nesta quarta-feira no Benin, levantaram algumas interrogações em França, por
decorrerem no auge da crise grega. Mas o Governo francês desvaloriza as
críticas porque, garante, Hollande será informado em permanência da evolução da
situação na zona euro e manter-se-á em contacto com Paris e os principais
protagonistas do atual momento de apuro na União Europeia.
No
Benin e nos Camarões será o combate ao terrorismo que dominará as conversações
bilaterais. Já em Angola, onde o chefe de Estado francês chega às 17h30 desta
quinta-feira, as conversações serão marcadas, segundo sublinha oficialmente o
Eliseu, pela “normalização da relação entre a França e Angola e o lançamento de
uma parceria política”.
Assinaturas
de contratos e protocolos
Os franceses desejam igualmente relançar a “parceria económica e de cooperação” e as relações serão neste domínio reforçadas. Com François Hollande viajam até Luanda 50 empresários franceses, esperando-se que sejam assinados diversos contratos e acordos governamentais com reforço das posições francesas nos sectores da energia, da água e dos transportes.
O
Eliseu salienta que o comércio bilateral progrediu cerca de 70%, em
2014, está “em plena expansão” e já não se limita ao domínio do petróleo.
Do
ponto de vista político e diplomático, François Hollande deverá saudar o apoio
financeiro e político de Angola para a estabilidade na região dos grandes lagos
e mais concretamente o seu papel na crise na República Centro-Africana.
Em
termos gerais, as três visitas de Estado serão marcadas essencialmente pelas
questões de segurança, pela diplomacia económica e pelos “valores”.
De
acordo com o Palácio do Eliseu, a defesa de “valores” significa que François Hollande
deverá sublinhar nos três países os “valores democráticos, que trazem estabilidade
e diálogo”.
Sobre
a Grécia, o ministro francês das Finanças, Michel Sapin, confirmou na manhã de
quinta-feira o alinhamento da França com a posição da chanceler Angela Merkel.
"O primeiro-ministro grego confirmou o referendo de domingo e apelou ao
'não', agora esperamos pelo resultado para o reatamento das negociações.
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