A
União Europeia (UE) mostrou-se hoje preocupada perante as recentes
"crispações institucionais" ocorridas na Guiné-Bissau, referiu em
comunicado, depois de divergências políticas entre o primeiro-ministro e o
Presidente da República daquele país.
"A
UE exprimiu a sua preocupação perante as crispações institucionais ocorridas
recentemente no país", de acordo com um comunicado conjunto no final de
uma reunião entre a União Europeia e o Governo, em Bissau.
No
mesmo encontro, a UE "reconheceu os esforços feitos para ultrapassar as
divergências e encorajou a sua continuação através de maior abertura e melhoria
da qualidade do diálogo, tendo em vista a consolidação de uma parceria
estratégica entre os órgãos da soberania".
A
tensão entre o primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Domingos Simões Pereira, e o
Presidente da República, José Mário Vaz, fez com que, ainda na última semana, o
chefe de Estado discursasse à nação para negar que tivesse um plano para
demitir o Governo - como era admitido em meios diplomáticos e comentado pela
população.
A
comunidade internacional espera agora que ambos se entendam.
O
encontro de hoje formalizou o regresso ao diálogo político entre a Guiné-Bissau
e a UE no âmbito do acordo comercial de Cotonou, interlocução que esteve
interrompida desde 2011.
"Este
diálogo marca mais uma etapa no aprofundamento da parceria entre a União
Europeia e a Guiné-Bissau", cooperação que "comemora este ano o seu
quadragésimo aniversário", salientam no comunicado conjunto.
O
governo da Guiné-Bissau propôs e foi aceite a realização de reuniões de
informação e concertação política com periodicidade mensal.
Lusa,
em Notícias ao Minuto
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